Diálogo maior

Em São Paulo, advogados discutem critérios para fixar honorários

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11 de agosto de 2018, 16h39

Uma boa comunicação entre escritório e departamento jurídico é essencial para a definição de honorários dos advogados. Essa é a opinião de profissionais que participaram, nesta sexta-feira (10/8), do 8º Congresso Brasileiro de Sociedades de Advogados, em São Paulo.

Felipe Lampe
Felipe LampeAdvogados debateram a importância da transparência para uma parceria de sucesso.

Em painel sobre os desafios para a precificação de serviços jurídicos, o diretor jurídico geral do grupo Cosan, Elias Marques, disse que "o escritório deve entender teses jurídicas que afetam o business, e dividir peças processuais e estratégias com o departamento jurídico da empresa. Esse diálogo promove melhor desempenho nas ações pleiteadas".

Segundo Marques, o departamento jurídico deve ficar a par de todos os passos do processo e isso precisa acontecer de forma transparente e detalhada. "É necessário saber se os documentos estão chegando a tempo no escritório e se a testemunha compareceu e chegou no horário", exemplificou.

Para Alexandre de Almeida Cardoso, do escritório Tozzini Freire Advogados, elementos básicos devem ser considerados para a definição dos honorários como: "complexidade da matéria, tempo de dedicação, possível impedimento, e se o pleito abrange a competência do escrito naquele nicho de atuação".

Além disso, segundo Cardoso, toda negociação tem que ser feita com articuladores que falem a "mesma língua", que entendam a prestação de serviço e saibam como ele pode ser realizado.

O advogado considera ainda que o departamento jurídico também tem observado o grau de dificuldade de trabalho desenvolvido. "É preciso mostrar para o cliente quando o trabalho não é mecanizado, por exemplo. Esse alto nível de troca de informações será um influenciador na precificação dos serviços", afirmou.

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