Posicionamento reforçado

Nova presidente do TRT-2 fala em união contra "inimigos" da Justiça do Trabalho

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2 de agosto de 2018, 11h40

A nova presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), Rilma Aparecida Hemetério, afirmou logo após ser eleita, nesta quarta-feira (1º/8), que “nós não deixaremos de existir pura e simplesmente” porque dizem que a Justiça do Trabalho acabou. A declaração vem menos de uma semana depois de advogados e magistrados no Rio de Janeiro se reunirem para rebater críticas feitas por deputados e a ideia de que a Justiça do Trabalho deve se fundir à Federal.

Apesar de, no início, dizer que sua administração seria “democrática”, num “tribunal de portas abertas”, Rilma mudou o tom ao afirmar que advogados, Ministério Público e magistrados precisam se unir, “porque inimigos nós já temos, e muitos”.

Assim como seu antecessor, o desembargador Wilson Fernandes, ela assumirá a Presidência com o desafio de enfrentar cortes de verbas e poucos recursos, enquanto tenta valorizar a Justiça do Trabalho e unir operadores contra problemas e ameaças externas.

“Nós não podemos caminhar pensando cada um no seu próprio problema. Nós estamos no mesmo barco e, se este barco sucumbir, nós também estaremos dentro dele. Nós precisamos encontrar nossos próprios caminhos”, afirmou.

A desembargadora ainda falou da história da Justiça do Trabalho e de sua trajetória dentro do tribunal, onde ingressou por concurso público em 1981 — no entanto, era funcionária da corte desde 1976.

Esta não é a primeira vez que uma mulher comandará o TRT-2, mas Rilma é a primeira mulher negra a ocupar o cargo, algo que ela mesma ressalta, dedicando a vitória às mulheres e aos antepassados.

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