Evitar desordem

Justiça determina que manifestantes se afastem da sede da PF onde Lula está

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8 de abril de 2018, 17h21

A Justiça do Paraná determinou que os manifestantes contra e a favor de Lula se afastem da sede da Polícia Federal em Curitiba e não montem acampamentos no local. É lá que o ex-presidente está cumprindo pena desde sábado (7/4) por corrupção e lavagem de dinheiro. A decisão é do juiz Ernani Mendes Silva Filho, do Foro Central da capital paranaense, tomada durante o plantão judiciário.

“Em momento de tensão social e previsibilidade de conflitos, mister que os órgãos do Estado tomem as medidas acauteladoras necessárias para garantir a segurança da população e a ordem", afirmou o juiz ao atender um pedido da prefeitura de Curitiba.

Em sua fundamentação, o juiz afirmou que o bloqueio do acesso à sede da PF extrapolam o direito de manifestação. Além disso, destacou que a medida tem como um dos objetivos evitar confrontos e depredação do patrimônio público.

Apesar da decisão, na noite de sábado manifestantes das duas posições entraram em confronto e a Polícia Militar teve que intervir. A assessoria de imprensa da PF afirma que oito pessoas ficaram feridas após a confusão.

Entrega demorada 
O ex-presidente Lula se entregou à Polícia Federal no início da noite de sábado (7/4). Ele deixou a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em São Bernardo (SP) à pé e entrou em um carro da Polícia Federal. Mais cedo, Lula tentou sair em um carro particular para se entregar, mas apoiadores do petista impediram a saída do veículo.

O ex-presidente se entregou pouco mais de 24 horas depois de encerrado o prazo dado pelo juiz Sergio Moro para que Lula se apresentasse voluntariamente em Curitiba. 

Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro por corrupção e lavagem de dinheiro e teve a pena aumentada pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região para 12 anos e um mês de prisão. A Justiça afirma que um tríplex no Guarujá lhe foi dado pela construtora OAS em troca de benefícios em licitações envolvendo a Petrobras. 

Mais cedo, no sábado, o petista fez um discurso de cerca de uma hora na frente da sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em São Bernardo (SP) e criticou o Ministério Público Federal, o juiz Sergio Moro e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Processo 0008301-46.2018.8.16.0013

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