Adeus supremo

Janot se despede da Procuradoria-Geral e elogia decisões punitivistas do Supremo

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14 de setembro de 2017, 19h30

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, despediu-se nesta quinta-feira (14/9) do cargo e elogiou as decisões do Supremo Tribunal Federal que concordaram com o Ministério Público. Citou a possibilidade de investigação pelo MP e a execução da pena antes do trânsito em julgado. Janot termina seu mandato no domingo (17/9). Na segunda-feira (18/9) pela manhã tomará posse a nova PGR Raquel Dodge.

Para Janot, a execução provisória da pena foi um golpe “contra a crônica impunidade que castiga impiedosamente nossa sociedade”. O PGR disse também que viu com “satisfação” o tribunal consolidar e fortalecer o instituto da colaboração premiada, que é, nas palavras dele, poderoso instrumento de combate ao crime organizado.

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Janot também elogiou execução provisória de pena antes do trânsito em julgado

O procurador-geral falou ainda da "coragem" do tribunal ao analisar os casos da "lava jato" envolvendo investigados com foro especial por prerrogativa de função e destacou que a corte respeitou as leis e a constituição em suas decisões nos processos sobre o caso.

Ele disse ainda que sabia antes mesmo do início das investigações que sofreria “toda sorte” de ataques. “Sabia que haveria custo pro enfrentar esse modelo político corrupto e produtor de corrupção cimentado por anos de impunidade e descaso”. Agora, porém, disse ele que tudo isso “se encontra nos escombros do passado”.

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