Obra fraudada

Marcelo Bretas condena ex-diretores da Eletronuclear por corrupção em Angra 3

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28 de outubro de 2017, 16h23

Por irregularidades na construção da usina Angra 3, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, condenou os ex-diretores da Eletronuclear Luiz Messias, José Eduardo Costa Mattos e Luiz Soares por corrupção passiva. Para o juiz federal, ficou comprovado que eles receberam propina das empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix.

Cauê Diniz
Marcelo Bretas entendeu que ex-diretores da estatal cometeram corrupção passiva.
Cauê Diniz

Messias, Costa Mattos e o empresário Dalmo Pereira Vieira (este por lavagem de dinheiro) receberam pena de 4 anos e 6 meses. Já Soares e o sócio da Engevix José Antunes Sobrinho foram condenados a 7 anos e 6 meses. Mas Bretas absolveu os ex-diretores da Eletronuclear Edmo Negrini e Pérsio Jordani.

O juiz também negou o pedido do Ministério Público Federal para condenar Soares, Messias e Costa Mattos por obstrução de Justiça. Segundo o magistrado, não há provas de que eles praticaram esse delito.

Almirante condenado
Em agosto de 2016, Marcelo Bretas condenou condenou 13 pessoas por corrupção na construção da usina Angra 3. Na época, a pena de 43 anos de prisão para o almirante Othon Luiz da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, era a maior da "lava jato" em todo o Brasil.

Mais de um ano depois, Bretas superou seu próprio recorde ao condenar o ex-governador do Rio Sérgio Cabral a 45 anos e 2 meses de prisão.

Em comparação, a maior condenação fixada pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, foi de 20 anos e 10 meses de reclusão, para o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

Clique aqui para ler a íntegra da decisão.
Processo 0100511-75.2016.4.02.5101

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