"Compra de votos"

Dilma usa delação de Funaro para reforçar pedido de anulação do impeachment no STF

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18 de outubro de 2017, 19h16

Um ano após ser cassada, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) voltou a solicitar ao Supremo Tribunal Federal que anule o processo de impeachment e lhe devolva ao cargo. O pedido foi apresentado nesta terça-feira (17/10) em uma petição no mandado de segurança impetrado no STF pela petista em 1 de setembro de 2016.

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Dilma citou delação de Funaro e reforçou pedido para anular impeachment.

Ela reforçou a solicitação após os depoimentos de Lúcio Funaro, operador financeiro que acusou o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de comprar votos a favor do impeachment.

Apesar de serem sigilosos, os vídeos da delação premiada de Funaro foram disponibilizados neste mês no site da Câmara, em meio aos documentos que fundamentam a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, também delatado pelo operador financeiro.

Nos depoimentos, Funaro afirma ter repassado R$ 1 milhão a Cunha, então presidente da Câmara, para ele "comprar” votos favoráveis à destituição da petista, de modo a afastar “de qualquer jeito” Dilma da Presidência da República.

“Resta, assim, explicado agora, como Eduardo Cunha conseguiu ‘convencer’ parlamentares a votar pela cassação do mandato presidencial de Dilma Rousseff”, escreveram os advogados da ex-presidente José Eduardo Cardozo e Renato Ferreira Franco, na nova petição. Na peça, afirmam ter ficado “evidente”, a partir da fala de Funaro, a compra de votos contra Dilma. Com informações da Agência Brasil.

MS 34.371

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