Mais igualdade

Vice-jurídico da Microsoft diz que softwares vão equilibrar litígios

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7 de outubro de 2017, 8h25

Muitos dos serviços feitos por advogados serão em breve feitos de forma mais barata por máquinas. A opinião é de Neal Suggs, vice-presidente jurídico global da Microsoft. Em palestra feita em São Paulo, o executivo afirmou que a mudança é ruim para os advogados, que vão ver sua área de atuação diminuir. Porém, será benéfica para a sociedade, que terá acesso mais barato à Justiça.

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Neal Suggs acredita que os custos para litigar irão cair muito. Divulgação/Microsoft 

A grande mudança virá de softwares que irão pesquisar jurisprudências. Eles irão fazer em minutos o trabalho que hoje um advogado faz em semanas. Segundo Suggs, esses programas já foram desenvolvidos e estão em fase de aprimoramento.

Esse cenário, segundo ele, tende a mudar a forma como ocorrem os litígios. Hoje em dia, quando se arma um cenário de batalha judicial nos Estados Unidos, a parte mais rica impõe uma carga enorme de jurisprudência no processo. O advogado da outra parte deve passar muitas horas analisando o material, o que custa caro.

“A hora de um bom advogado na Inglaterra custa US$ 2,5 mil. E eles trabalham em equipe. O custo é muito alto. A máquina vai fazer essa análise de forma muito rápida. Então isso vai colocar as empresas e as pessoas em maior pé de igualdade na hora de debater na Justiça”, afirmou Suggs, em evento organizado pelo portal Jota.

Perguntado se a tecnologia também não terá alto preço, acessível apenas para as corporações, ele discordou: “Esse serviço talvez não custe US$ 5 a hora. Mas também não será U$ 2,5 mil. Tenho absoluta certeza de que será mais barato e irá dar mais acesso a uma boa defesa para as pessoas”.

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