Liberal de menos

Reforma trabalhista de Temer decepciona investidores e empresários dos EUA

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3 de outubro de 2017, 14h00

Investidores e empresários dos Estados Unidos estão frustrados com a reforma trabalhista aprovada no Brasil. Os business man esperavam que a mudança legislativa permitisse redução de salários e mais facilidade para terceirização, mas não foi o que encontraram na nova lei.

A decepção foi retratada em reportagem do jornal Folha de S.Paulo, que acompanhou um evento organizado pelo escritório Mattos Filho em Nova York.

A expectativa dos empresários era de que pudessem, por exemplo, demitir trabalhadores para contratá-los como terceirizados. Mas a lei estabelece um período de 18 meses de quarentena.

Quanto aos salários, os empresários alegam que proibir a diminuição afeta a ideologia reinante. "Então quer dizer que ainda não vamos poder reduzir salários? Isso é a coisa mais anticapitalista que existe. E se perdermos dinheiro? Vamos também dividir os prejuízos?", afirmou Terry Boyland, da CPQI, empresa que presta serviços de tecnologia a bancos na América Latina, segundo a Folha S.Paulo.

Porém, alguns pontos da reforma foram elogiados. A possibilidade de negociar contratações e demissões direto com o trabalhador em acordos que prevalecem sobre a lei trabalhista é um deles.

Outro ponto comemorado é a exigência, em casos de litígio, que o trabalhador que perder uma ação movida contra a empresa arque com os custos jurídicos, que pode chegar a 20% do valor pretendido pelo processo.

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