Preconceito de gênero

Ministras são mais interrompidas que ministros, diz Cármen Lúcia em sessão

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11 de maio de 2017, 10h53

O preconceito de gênero está presente nas altas Cortes jurídicas do mundo inteiro. Pelo menos é o que aponta estudo citado pela presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, na sessão desta quarta-feira (10/5). Segundo ela, as magistradas mulheres de tribunais constitucionais são interrompidas, em média, 18 vezes mais do que os homens.

O estudo vai ao encontro de um levantamento feito por uma universidade norte-americana sobre o comportamento dos juízes da Corte máxima daquele país. A afirmação de Cármen Lúcia ocorreu após um debate sobre quem tinha direito à palavra.

Antes de passar a vez para a ministra Rosa Weber, ela ironizou. “A ministra Sotomayor (dos EUA) me perguntou como é isso no Brasil. Eu disse: lá, em geral, eu e a Rosa, não nos deixam falar. Então, não somos interrompidas”, exagerou. O ministro Gilmar Mendes também entrou no clima de descontração e teve a concordância da presidente do STF ao afirmar que os apartes devem acontecer “por inveja” dos homens.

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