Caminhos no Supremo

Assessor de Edson Fachin na "lava jato" segue passos de Moro no mensalão

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11 de maio de 2017, 17h00

O julgamento da ação penal 470, o processo do mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal, contou com a participação expressiva de um juiz do Paraná, então assessor da ministra Rosa Weber. Tempos depois, de volta à sua vara de origem, em Curitiba, Sergio Moro tornou-se figura conhecida do Judiciário. Agora, quem acompanha a "lava jato" no STF percebe uma movimentação semelhante, de um juiz do mesmo estado: Ricardo Rachid de Oliveira, que assessora o ministro Luiz Edson Fachin.

Há quem atribua a Rachid o uso de teses de cunho mais punitivista, pelas quais Fachin não concedeu Habeas Corpus a réus da "lava jato" presos preventivamente, sendo voto vencido na 2ª Turma do STF. 

Não é só na punição de petistas que a “lava jato” segue os passos do mensalão. É muito provável que, também na “lava jato”, o Paraná deixe traços nos precedentes firmados pelo Supremo Tribunal Federal nos processos relacionados ao caso.

Juiz federal e criminalista respeitado, Rachid é especialista em crimes tributários e financeiros, áreas que povoam as teses centrais da “lava jato”.

Vale lembrar que partiram de Moro, ainda no gabinete de Rosa Weber, algumas teses que viraram precedentes do STF, como a de formação de quadrilha e partes das teses sobre lavagem de dinheiro. 

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