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ANPR e força-tarefa da “lava jato” apoiam escolha de Raquel Dodge

30 de junho de 2017, 18h50

Por Redação ConJur

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Os três nomes da lista tríplice de procuradores mais votados pela classe para chefiar a Procuradoria-Geral da República têm legitimidade e não existe obrigação de escolher o mais votado. Essa é a posição da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), expressada por meio de nota assinada pelo presidente, o procurador José Robalinho Cavalcanti, sobre a decisão do presidente Michel Temer de indicar a subprocuradora-geral Raquel Dodge para a PGR.

Associação Nacional dos Procuradores da República / ANPR
A subprocuradora-geral Raquel Dodge ficou na segunda colocação na votação organizada pela ANPR. ANPR

A entidade afirma que sua posição histórica é de que não há obrigatoriedade ou necessidade de se escolher o mais votado e que este não é o único a ter legitimidade. Para Robalinho, pensar o contrário seria negar a legitimidade ao próprio processo de lista. Dodge ficou na segunda colocação, com 587 votos. Em primeiro ficou Nicolao Dino, com 621 votos.

“Imaginar que procuradoras e procuradores da República, após amplo e aprofundado processo de seleção, conhecendo (como conhecem) cada um dos candidatos, dariam centenas de votos a qualquer um menos dotado de total intuito republicano, desculpem-me, soa ofensivo, não enxerga a história e desconhece os nomes que já oferecemos a ela, como procuradores-gerais e como postulantes a procuradores-gerais”, disse Robalinho.

Aprovação de Curitiba
Quem também se manifestou positivamente sobre a escolha de Dodge foi a força-tarefa da operação “lava jato”. Os procuradores ressaltaram por nota que a indicada por Temer possui uma história respeitada e que demonstrou ter confiança da classe.

“A força-tarefa faz votos de que a subprocuradora-geral possa liderar a instituição na continuidade do consistente trabalho de combate à corrupção que vem sendo feito pelo MPF nos últimos anos, na defesa dos direitos humanos e no cumprimento dos deveres constitucionais e legais do Ministério Público”, afirmam.

Clique aqui para ler a nota da ANPR. 
Clique aqui para ler a nota da força-tarefa da "lava jato".