Luta pela honestidade

Não existe ditadura do Judiciário no Brasil, diz juiz Marcelo Bretas

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13 de junho de 2017, 18h12

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal no Rio de Janeiro, rechaçou nesta segunda-feira (12/6) a ideia de que haveria uma “ditadura do Judiciário” no país e defendeu a luta contra a corrupção.

Cauê Diniz
Para Marcelo Bretas, a "lava jato" não sofrerá interferências de políticos.
Cauê Diniz

"Nós temos todos um inimigo comum e se chama corrupção. Nós não somos favoráveis ao que se chama de ditadura do Poder Judiciário. Isso não existe, não é a nossa percepção. A ditadura que nós perseguimos, e defenderemos sempre, é a ditadura da honestidade", disse Bretas, que é responsável pela operação “lava jato” no Rio, ao receber a medalha Pedro Ernesto, mais alto reconhecimento da Câmara de Vereadores da capital fluminense.

Ele considerou que, apesar das críticas, a “lava jato” não corre riscos graças à maturidade da sociedade. "Eu recebo as críticas com muita cautela. Eu jamais diria que não há excessos, que não há erros. Juízes erram, ministros erram, desembargadores erram. O importante é que queiramos acertar. Não devemos temer ataques. Obviamente, se alguém está implicado em uma investigação, não há de se esperar elogios à operação."

Sobre os rumos da operação, o juiz afirmou que a sociedade pode esperar comprometimento da Justiça no combate à corrupção. “Não vale à pena ser desonesto. O nosso trabalho é oferecer à sociedade este sentimento de que estamos mudando e vamos mudar para melhor, certamente”, destacou.

Responsável junto com Sergio Moro pela prisão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), Bretas disse não acreditar em ataques ao Judiciário por parte de membros do Executivo e Legislativo.

“Eu não temo. Pode haver? Sim. Mas eu confio no Estado de Direito, confio no Estado brasileiro. A nossa população tem se mostrado muito atuante. As instituições de hoje são diferentes de dez anos atrás. Eu creio no nosso Judiciário.” Com informações da Agência Brasil.

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