Saiu do grupo

PF extingue equipe da "lava jato" em Curitiba, mas nega fim de investigações

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6 de julho de 2017, 16h27

A Polícia Federal no Paraná decidiu acabar de forma sigilosa com o grupo de trabalho responsável pela operação “lava jato” em Curitiba. O fim da equipe foi revelado nesta quinta-feira (6/7) pela revista Época, mas a PF nega prejuízo às investigações.

Em nota, a instituição diz que os quatro delegados e os demais agentes vão integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas, junto com investigadores da operação carne fraca.

Policiais federais serão distribuídos para a Delegacia de Combate à Corrupção.

Segundo o texto, a mudança foi necessária porque cada delegado que cuidava da “lava jato” tinha 20 inquéritos cada um. A PF afirma que nenhum deles terá mais carga de trabalho, e sim mais apoio com outros policiais, pois a delegacia contará com 70 agentes.

A instituição diz ainda que a iniciativa foi liderada pelo próprio coordenador da “lava jato” no estado, delegado Igor Romário de Paula, e segue modelo adotado em outras superintendências “com resultados altamente satisfatórios”, como operações deflagradas no Rio de Janeiro, no Distrito Federal e em São Paulo a partir do caso de corrupção na Petrobras.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o grupo já havia sofrido mudança significativa em maio, quando o número de delegados caiu de nove para quatro. 

Leia nota à imprensa:

Sobre a nota “PF acaba com grupo de trabalho da Lava Jato em Curitiba”, veiculada no portal da revista Época, a Polícia Federal informa:

1. Tendo em vista que cada delegado do Grupo de Trabalho da Lava Jato possuía cerca de vinte inquéritos cada um, essa equipe, juntamente com o Grupo de Trabalho da Operação Carne Fraca, passou a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (DELECOR);

2. A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações;

3. Com a nova sistemática de trabalho, nenhum dos delegados atuantes na Lava Jato terá aumento de carga de trabalho, mas, ao contrário, ela será reduzida em função da incorporação de novas autoridades policiais;

4. O número de policiais dedicados a essas investigações chega a 70;

5. A iniciativa da integração coube ao Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado do Paraná, delegado Igor Romário de Paula, coordenador da Operação Lava Jato no estado, e foi corroborada pelo Superintendente Regional, delegado Rosalvo Franco;

6. O modelo é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios, como são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, entre outros;

7. Também foi firmado o apoio de policiais da Superintendência do Espírito Santo, incluindo os delegados Márcio Anselmo e Luciano Flores, ex-integrantes da Operação Lava Jato;

8. O atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade;

9. Conforme nota divulgada no dia 21/05/2017, deve-se ressaltar que as investigações decorrentes da Operação Lava Jato não se concentram somente em Curitiba, mas compreendem o Distrito Federal e outros dezesseis estados;

10. Desde o início, a Polícia Federal, de forma republicana e sem partidarismos, trabalha arduamente para o êxito das investigações, garantindo toda a estrutura e logística necessária para o esclarecimento dos crimes investigados".

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