Delação da JBS

Janot pede abertura de inquéritos contra Serra e governador do RN

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6 de julho de 2017, 12h26

A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de dois novos inquéritos baseados na delação premiada de executivos da JBS. Um para investigar o senador José Serra (PSDB-SP) por recebimento de caixa 2 e outro para apurar o recebimento de caixa 2 pelo deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) e seu pai, Robinson Faria (PSD), governador do Rio Grande do Norte.

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PGR quer apurar se Serra sabia que parte do financiamento de sua campanha para presidente foi paga por meio de caixa 2.

Sobre Serra, a PGR afirma que devem ser iniciadas investigações para saber se o senador sabia da origem e destino do dinheiro que financiou sua campanha para presidente da República. De acordo com Joesley Batista, dono da JBS, quando era candidato à Presidência, em 2010, o tucano recebeu R$ 20 milhões da empresa, dos quais R$ 13 milhões teriam sido declarados e o restante repassado por meio de notas frias.

No pedido ao ministro Luiz Edson Fachin, que homologou a delação, Janot pede a redistribuição do caso, pois as acusações dos delatores não têm relação com a “lava-jato”, sob responsabilidade de Fachin, que investiga esquema de corrupção na Petrobras.

Sobre Robinson e Fábio Faria, a PGR afirma que há suspeita de caixa 2 e corrupção passiva. Os delatores disseram ter pagado R$ 10 milhões para que eles interferissem na privatização da Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte “dando conhecimento prévio do edital à empresa para beneficiá-la na concorrência”.

A privatização não aconteceu porque a JBS teria perdido o interesse no negócio, segundo a delação. Janot pediu para colher depoimento dos dois, além de outros que teriam se envolvido nas negociações.

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