Sob suspeita

Acusados de pagar propina em setor de transportes do RJ são presos

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3 de julho de 2017, 12h18

A Polícia Federal prendeu, na noite deste domingo (2/7) e na manhã desta segunda-feira (3/7), no Rio de Janeiro dois acusados de pagar propina de mais de R$ 260 milhões ao grupo ligado ao ex-governador Sérgio Cabral para obter benefícios no setor de transportes do estado. Um deles é Jacob Barata Filho, um dos maiores empresários do ramo de ônibus da região, que foi detido no Aeroporto do Galeão, de onde iria embarcar para Portugal.

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Segundo MPF, empresários de ônibus pagaram mais de R$ 260 mi de propina 
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Outro é Lélis Teixeira, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas. Além deles, também foi detido Rogério Onofre, ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro. No total, foram expedidos nove mandados de prisão preventiva e três mandados de prisão temporária.

Para o Ministério Público Federal, os empresários de transportes atuavam de forma semelhante aos empreiteiros no pagamento de propinas a agentes públicos. O objetivo deles, segundo o MPF, era garantir tarifas e contratos com o governo do RJ.

Os investigadores foram informados do esquema por delatores, que também entregaram documentos e planilhas com registro das propinas pagas. Segundo os colaboradores, entre 2010 e 2016, Sérgio Cabral recebeu R$ 122,8 milhões dos empresários de transportes, enquanto Rogério Onofre ficou com R$ 44,1 milhões.

Além disso, Luiz Carlos Bezerra, antigo operador financeiro de Cabral, confessou que recolhia propina na sede da empresa de ônibus Flores, em São João do Meriti. José Carlos Reis Lavoura, dono da empresa, também é alvo de mandado de prisão de preventiva. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF-RJ.

Clique aqui para ler a íntegra da decisão.

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