Canetada importante

Cármen Lúcia homologa as 77 delações de executivos da Odebrecht na "lava jato"

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30 de janeiro de 2017, 9h03

Todas as 77 delações feitas por executivos da Odebrecht no processo da operação "lava jato" foram homologadas nesta segunda-feira (30/1) pela presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia. A documentação segue ainda nesta segunda para a Procuradoria-Geral da República.

Carlos Humberto/SCO/STF
Após a morte do ministro relator da "lava jato" Teori Zavascki, a presidente doi ST, Cármen Lúcia, autorizou os juízes auxiliares continuarem o processo. 

Depois da morte do ministro Teori Zavascki, relator da "lava jato" no Supremo, o andamento das homologações foi interrompido. Os trabalhos foram retomados no último dia 24 de janeiro, quando a ministra Cármen Lúcia autorizou os juízes auxiliares de Teori a retomarem os procedimentos formais. 

Teori já havia autorizado que seus juízes auxiliares começassem a ouvir os delatores para saber se eles prestaram de livre e espontânea vontade as informações que constam nos mais de 800 depoimentos colhidos pelo Ministério Público Federal. Um dos últimos depoimentos foi o do empresário Marcelo Odebrecht. 

O vazamento de um trecho da delação de Cláudio Melo Filho, ex-executivo da Odebrecht, foi o bastante para estremecer o governo, levando o assessor especial do presidente Michel Temer, o advogado José Yunes, a pedir demissão, depois de ser citado pelo delator. Além disso, o trecho da delação publicado pela imprensa também gerou insegurança em relação a leis e medidas provisórias aprovadas pelo governo à época — que já se tornaram alvos de ações no Supremo.

O trabalho é grande: uma estimativa de um ministro do Supremo é de que as 77 delações geraram por volta de 800 anexos ao processo. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF. 

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