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Velloso recusa ministério e afirma já ter cumprido cota "à causa pública"

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17 de fevereiro de 2017, 17h22

O ministro aposentado Carlos Velloso, que integrou o Supremo Tribunal Federal até 2006, rejeitou convite do presidente Michel Temer (PMDB) para assumir o Ministério da Justiça. Em nota, afirmou que precisa cumprir “compromissos de natureza profissional e, sobretudo, éticos”, embora seja amigo do presidente há cerca de 40 anos e tivesse o “desejo pessoal de contribuir com o país, neste momento tão delicado”.

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Carlos Velloso apontou “compromissos de natureza profissional e, sobretudo, éticos”.
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Com 81 anos, Velloso atua hoje como advogado, com escritório próprio em Brasília. Entre seus clientes está o senador Aécio Neves (PSDB), em inquéritos que correm no STF ligados à operação “lava jato”.

Ele disse ainda que, com 51 anos de serviço público – sendo 40 de magistratura –, já contribuiu com o país. “Dei a minha cota de serviço à causa pública”, escreveu.

Nascido em Minas Gerais, o ministro atuou no Superior Tribunal de Justiça, presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (1994-1996) e também comandou o Supremo (1999-2001). Foi ainda professor de Direito Constitucional nas Faculdades de Direito da PUC-MG e da Universidade Federal de Minas Gerais.

Temer agora precisa encontrar outro nome para o Ministério da Justiça, que está sem chefe oficial desde que Alexandre de Moraes foi indicado ao STF. Quem comanda a pasta interinamente é José Levi do Amaral, procurador da Fazenda Nacional que até então era secretário-executivo.

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