A defesa do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) pede que os peritos responsáveis por avaliar sua condição física reconsiderem pontos que, segundo os advogados, foram deixados de fora.

Preso em Brasília por determinação do Supremo Tribunal Federal, ele já passou por uma primeira avaliação. Os peritos do IML constataram que Maluf sofre de doenças graves e permanentes, mas consideraram que não geram limitações e que o deputado pode ser tratado no presídio.
Já a defesa de Maluf afirma que pontos importantes não foram levados em conta. O fato mais grave ignorado, de acordo com os advogados, é a doença cardiovascular que o deputado sofre.
Eles reclamam também da avaliação das condições do presídio. “Não consta da peça pericial que os peritos tenham vistoriado as condições físicas e sanitárias do estabelecimento penal, ignorando-se sobre qual pressuposto de fato (que não mera conjectura) concluem pela existência da infraestrutura necessária aos cuidados do periciado”, diz documento assinado pelo criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e outros colegas que atuam na defesa.
O objetivo é que a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal cobre respostas do IML e da diretoria do presídio da Papuda, onde o deputado está preso.
Clique aqui para ler o pedido de Maluf.
Comentários de leitores
2 comentários
Encenação muito tardia...
Célio Mesquita de Souza e Silva (Corretor de Imóveis)
Maluf driblou a Justiça durante muitas e muitos anos.
Recursos e mais recursos,em leis brandas e superadas...
Agora,velho e doente,quer escapar novamente e gozar livremente dos milhões desviados dos cofres públicos...
Entendo que a ordem de prisão veio muito tarde,mas deve ser cumprida.
E a imprensa noticiou anteriormente que Maluf saltitante e gozador saciava-se fartamente num luxuoso restaurante da Capital...
Assim sendo.........
Encenação da pior qualidade
DAGOBERTO LOUREIRO - ADVOGADO E PROFESSOR (Advogado Autônomo)
O movimento para livrar a cara de Maluf é tão intenso como abusivo. Maluf tem de pagar por seus crimes, o que já estava tardando em demasia. É assim com ele, como com qualquer outro criminoso.
Vi outro dia uma ilustre professora da USP, toda piedosa, achando que não há razão para que a lei seja aplicada de forma implacável. Se é assim, melhor revogar o Código Penal e salve-se quem puder.
Pessoas piedosas não devem trabalhar na área penal, que é onde a lei, por mais dura que seja, é aplicada para que a sociedade seja protegida do crime e dos criminosos, tanto que, em muito países, está em vigor a pena máxima e a prisão perpétua. Não é preciso ir longe: a Argentina aplica a prisão perpétua, o que não se admite no Brasil, que, como se sabe, é um País com alto desenvolvimento intelectual e cultural. Veja-se os episódios das mortes escabrosas ocorridos nas penitenciárias do Norte e do Nordeste.
No caso do Maluf, fala-se que vários fatores não foram levados em consideração, em seu apelo para obter a prisão domiciliar, mas seria oportuno acrescentar que também deve ser sopesado o fato de que, quando operou a próstata, a imprensa noticiou que o órgão foi totalmente removido, de modo que, salvo engano, o cidadão em tela não pode ter esse tipo de câncer. Terá essa doença, mas não no órgão inexistente.
Saliente-se que, em comentário feito no Jornal da Cultura, no último dia 26/12/2017, o ilustre jornalista José Nêumanne declarou que o viu no dia 16 de dezembro, num restaurante da Capital, gozando de plena saúde, saltitante e esbanjando vitalidade, de modo que parece que o distinto público está sendo alvo de mais um dos muitos truques de renitente e perseverante corrupto. O Brasil deveria inscreve-lo como candidato ao Oscar de melhor ator. Ainda dá tempo.
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