Indícios de corrupção

TRF-4 mantém bloqueio de R$ 4 milhões de ex-presidente da Petrobras

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6 de dezembro de 2017, 17h07

Devido a indícios de que o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine recebeu propina da Odebrecht, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região manteve, nesta terça-feira (5/12), o bloqueio de R$ 4 milhões das contas correntes dele.

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Bendine presidiu o Banco do Brasil, de 2009 a 2015, e a Petrobras, em 2016.
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Bendine foi preso temporariamente em julho sob suspeita de ter recebido ao menos R$ 3 milhões de propina da Odebrecht para não prejudicar a empresa em futuras contratações. Na sequência, foi decretada sua prisão preventiva pelo fato de ter programado uma viagem para Portugal sem avisar as autoridades. Segundo o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, há risco à ordem pública quando um investigado deixa de avisar às autoridades que vai viajar para o exterior no mesmo período em que outro suspeito embarcaria para o mesmo destino.

Moro também determinou o bloqueio das contas quando autorizou a prisão. A defesa entrou com recurso no TRF-4, relatando não haver provas suficientes de que Bendine teria recebido dinheiro desviado de contratos com a Odebrecht, conforme relatado por delatores da empreiteira.

Porém, os desembargadores do TRF-4 João Pedro Gebran Neto, Victor Laus e Leandro Paulsen entenderam haver indícios suficientes para justificar o bloqueio, entre eles uma anotação na agenda de Marcelo Odrebrecht, ex-presidente-executivo da empreiteira. Com informações da Agência Brasil.

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