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Crise força bancas de propriedade intelectual a variar atividades

27 de agosto de 2017, 8h33

Por Redação ConJur

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As crises política e econômica que o Brasil atravessa há quase três anos afetaram o mercado de depósitos de marcas e patentes no Brasil. Tal cenário, combinado com a maior automatização desse processo, gerou uma guerra de preços e está forçando os escritórios de advocacia que atuam na área a diversificarem suas atividades.

A avaliação é de Thomas Di Benedetto, gerente da publicação internacional Leaders League no Brasil. A última edição do grupo, o Innovation – technology & intellectual property, traça um panorama do mercado brasileiro de propriedade intelectual e faz rankings das melhores bancas do setor.

De acordo com o gerente da Leaders League, estrangeiros decidiram, por causa da crise, suspender muitos investimentos no país. E a área de propriedade intelectual é muito dependente dos fluxos externos.

Devido a isso, à maior automatização do processo, à possível adesão do Brasil ao Protocolo de Madrid (que estabelece normas para o registro e proteção de marcas) e à diminuição da rentabilidade, profissionais da área esperam que as atuações em depósitos diminuam no médio prazo, diz Benedetto.

Por isso, escritórios de advocacia que atuam no setor estão sendo forçados a diversificar sua atuação e a oferecer serviços de maior valor agregado, conta o representante da publicação. Isso, segundo ele, faz com que as bancas busquem novos nichos – como, por exemplo, oferecer atendimento específico para empresas de determinados setores, atuar no contencioso, elaborar pareceres e contratos de cessão de uso da marca, por exemplo.

Ao mesmo tempo, ressalta Di Benedetto, as firmas vêm aceitando reduzir o valor de seus honorários de serviços administrativos para manter os clientes e serem recompensados com casos mais lucrativos no futuro. Resultado: já há alguns anos há uma “guerra de preços” entre as bancas.

Um dos resultados desse “conflito” é uma grande movimentação de profissionais da área. Conforme o gerente da Leaders League, muitos advogados estão deixando os escritórios em que atuavam havia anos para se juntar a concorrentes ou fundarem sua própria firma.

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