Acesso restrito

Lula pede para adiar interrogatórios até MPF contextualizar documentos

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17 de agosto de 2017, 22h04

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a suspensão de interrogatórios marcados para o mês de setembro, alegando que muitos documentos de processos sob sigilo absoluto, ou seja, sem acesso permitido à defesa, foram juntados pelo Ministério Público Federal sem contexto claro.

“O MPF promoveu a juntada tardia de papéis ao processo, impedindo que a defesa pudesse indagar às testemunhas sobre esse material. Há necessidade de dar oportunidade para que as testemunhas indicadas pela defesa sejam reinquiridas. A juntada desses papéis também não foi acompanhada de qualquer indicação de origem e devem ser objeto de uma perícia”, diz documento assinado por advogados do escritório Teixeira Martins.

A defesa também afirma não ter senha para acessar sistema de propinas que era usado pela empreiteira Odebrecht internamente. Pediu ainda que o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determine ao MPF a apresentação de todas as mensagens trocadas com o Ministério Público da Suíça sobre a plataforma.

“Causa estranheza ainda maior que o acesso ao ‘My Web Day’ não tenha sido uma condição para a aceitação dos aludidos acordos de colaboração, já que, segundo a narrativa que emerge na denúncia, seria a única forma de efetivamente verificar se houve o pagamento de vantagens indevidas, quais os atos supostamente relacionados a essas supostas vantagens indevidas e, ainda, (iii) quem teriam sido os supostos beneficiários”, diz a defesa de Lula.

Clique aqui para ler a petição.

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