Sem preparo

"Janot é o procurador-geral mais desqualificado da história da PGR", diz Gilmar

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7 de agosto de 2017, 19h56

Rodrigo Janot é “o procurador-geral mais desqualificado que já passou pela história da Procuradoria”, diz o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Em entrevista à Rádio Gaúcha no domingo (6/8), o também presidente do Tribunal Superior Eleitoral disse que o atual PGR “não tem preparo jurídico e nem emocional para dirigir um órgão dessa importância”.

Nelson Jr./SCO/STF
"Procurador não pode reescrever a lei", afirma ministro Gilmar Mendes.
Nelson Jr./SCO/STF

Gilmar dizia aos entrevistadores que sempre foi um críticos das ilegalidades cometidas pelos órgãos estatais durante investigações de crimes, e com a “lava jato” não foi diferente. “Isso não tem a ver com ‘lava jato’. O importante é que haja respeito à lei. Procurador não pode reescrever a lei, delegado não pode reescrever a lei e juiz não pode reescrever a lei.”

Ouça a entrevista:

O ministro foi questionado sobre ter passado a criticar mais severamente a “lava jato” depois que o PT foi derrubado do governo federal e Michel Temer, do PMDB, assumiu a Presidência da República. “Sempre fui voz vencida na 2ª Turma quanto ao alongamento das prisões preventivas da ‘lava jato’. Fui eu que dei o terceiro voto – e voto de desempate – no Habeas Corpus do José Dirceu, que não pode ser acusado de ser simpatizante das minhas posições”, disse.

Gilmar Mendes explicou, então, que o Supremo tem reavaliado posições que adotou no passado quanto ao papel do tribunal em relação à homologação de acordos de delação. Ao que os entrevistadores responderam perguntando se a troca de PGR pode fazer com que a lei seja respeitada. “Sem dúvida nenhuma”, respondeu o ministro.

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