Novos caminhos

Para Temer, Raquel Dodge na PGR dará "rumo certo" à "lava jato"

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6 de agosto de 2017, 12h23

Alvo de denúncias do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente da República, Michel Temer, afirmou que as mudanças no comando da PGR irão dar um "rumo certo" à operação "lava jato". "O rumo certo é o cumprimento da lei. Rigorosamente o cumprimento da lei. Não há como descumprir a lei sob pena de criar instabilidade social", afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

A troca na PGR acontecerá em setembro. Com a saída de Rodrigo Janot, no dia 17 de setembro, assumirá o cargo Raquel Dodge. Ela foi escolhida por Temer após ser a segunda colocada na lista tríplice elaborada em votação dos membros da Associação Nacional dos Procuradores da República.

"Pelo que conheço da procuradora Raquel Dodge, ela vai cumprir rigorosamente o que a lei estabelece. Onde houve delito ela vai continuar investigando. Não tenho a menor dúvida disso. Acho que, pelo histórico dela e conhecimento jurídico, ela vai cumprir rigorosamente as funções que competem ao procurador-geral", disse ao jornal.

Na entrevista, o presidente afirmou que nunca pretendeu paralisar a operação "lava jato" e também não sabe de nenhum agente público que tenha este objetivo. "Eu não ouvi o depoimento de nenhum agente público que dissesse 'vamos paralisar a lava jato', ninguém. Muito menos de ministros do Supremo ou membros da Procuradoria ou do governo. 

Temer comemorou a decisão da Câmara que rejeitou na quarta-feira (2/8) a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra ele. "Agora, o que me prende ao cargo é muito mais a defesa da minha reputação moral."

O presidente ainda classificou a denúncia como pífia e disse que o procurador Rodrigo Janot age de forma política, "quase pessoal". "Lamento é que ele, a todo momento, anuncie que vai fazer uma nova denúncia, baseada nos mesmos fatos. É um gestual político, institucionalmente condenável."

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