Falta de provas

Médica acusada de provocar morte de pacientes é absolvida no Paraná

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21 de abril de 2017, 17h44

Por falta de provas, a médica Virgínia Helena Soares, acusada de causar a morte de sete pacientes que estavam no Hospital Evangélico de Curitiba, foi absolvida sumariamente pelo juiz Daniel Surdi de Avelar, da 2ª Vara do Júri da capital paranaense. A decisão é dessa quinta-feira (20/4).

Ela e outros profissionais que trabalhavam na Unidade de Tratamento Intensivo do hospital foram acusados pelo Ministério Público, em 2013. De acordo com o MP, os profissionais, sob o comando de Virgínia, que era chefe da UTI, aplicavam bloqueadores neuromusculares ou anestésicos para reduzir a quantidade de oxigênio dos doentes e provocar a morte por asfixia. O juiz entendeu, após analisar os depoimentos, que não existem provas que confirmem as acusações feitas pelo MP.

Virgínia e outros profissionais que atuavam na UTI na época das mortes passariam por um júri popular, que não chegou a ser marcado. O MP disse que vai recorrer da decisão do juiz porque acham que eles devem ir a júri. A médica é defendida pelo advogado Elias Matar Assad. Em diversas ocasiões ele contestou a versão da acusação e alegou que os prontuários médicos da UTI mostram que sua cliente agiu de acordo com a literatura médica.

Essa não foi a única vitória da defesa no caso. A médica ganhou uma ação de R$ 4 milhões contra o hospital onde trabalhava. A médica chegou a ser presa em fevereiro de 2013, mas foi liberada depois de um mês. Em nenhum momento do processo Virgínia teve suspenso seu direito de exercer a profissão pelo Conselho Regional de Medicina. 

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