"Elevado custo moral"

Leia a íntegra da palestra do ministro Barroso sobre o "jeitinho brasileiro"

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10 de abril de 2017, 22h05

O chamado "jeitinho brasileiro" impõe ao Brasil "elevado custo moral, por expressar um déficit de integridade pessoal e de republicanismo". Foi o que disse o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, em sua palestra na Brazil Conference, evento organizado pela Universidade Harvard, dos Estados Unidos, para discutir o país.

Carlos Humberto/SCO/STF
“Infelizmente, porém, as facetas negativas superam em quantidade e qualidade os aspectos mais glamorosos do jeitinho [brasileiro”, diz Barroso.
Carlos Humberto/SCO/STF

De acordo com o ministro, o “jeitinho brasileiro” é a forma com que os brasileiros encaram as regras de convivência e as leis do país — normalmente para burlá-las. “Ele se traduz na pessoalização das relações sociais e institucionais e importa, muitas vezes, no afastamento de regras que deveriam valer para todos. Em sua vertente positiva, ele revela uma certa leveza de ser, combinando traços de afetividade, criatividade e solidariedade.”

Barroso afirma ainda que o "jeitinho" tem origem na colonização do país e que se presta a “superar as adversidades da vida”. “Infelizmente, porém, as facetas negativas superam em quantidade e qualidade os aspectos mais glamorosos do jeitinho”, diz.

Clique aqui para ler a palestra — que o ministro classifica como um ensaio, ou “mero roteiro para uma conversa informal”.

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