Superprodução

Deputados pedem que ajuda da PF a filme da "lava jato" seja investigada

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6 de abril de 2017, 14h51

Deputados federais da oposição pediram à Procuradoria-Geral da República que apure supostos atos de improbidade administrativa, peculato, abuso de autoridade e prevaricação praticados pelo diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, e o delegado federal Igor Romário de Paula, da autoproclamada força-tarefa da “lava jato” em Curitiba, por terem se envolvido na produção do filme inspirado na operação.

 Segundo Paulo Pimenta (PT-RS), Wadih Damous (PT-RJ), Paulo Teixeira (PT-SP) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ), os dois na ajudaram na produção e deram apoio à realização da obra (A Lei é para Todos), dirigida por Marcelo Antunez, que tem previsão de estreia para maio deste ano. Segundo os produtores, foram gastos R$ 12 milhões.

Os parlamentares protocolaram a representação nesta quinta-feira (6/4). O caso está nas mãos do procurador Ivan Cláudio Marx.

Segundo a inicial, a PF está cedendo de maneira irregular bens, equipamentos e servidores da corporação para atender interesses privados. A peça diz inclusive que agentes da PF estão servindo de motoristas dos atores, pois, segundo os deputados, viaturas oficiais da PF ficaram à disposição da equipe de filmagem. A inicial questiona também a cessão de armas, uniformes e até helicóptero e avião da Polícia Federal para a equipe que está produzindo o filme. 

Segundo os produtores, diz a representação, a PF firmou um acordo de cooperação com eles. Em fevereiro deste ano, Pimenta pediu a Daiello cópia deste documento, mas não teve resposta do diretor.  Os parlamentares alegam ainda que há suspeita de que o prédio da PF em Curitiba foi fechado nos dias 18 e 19 de novembro do ano passado, uma sexta-feira e um sábado, inclusive para entrega de passaportes, para que cenas do filme fossem registradas dentro do local.

Clique aqui para ler a representação.

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