Clientes a granel

Operação "lava jato" motiva grandes bancas a abrir área criminal

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5 de abril de 2017, 16h55

O gigantismo da “lava jato”, a proliferação de outras operações e o endurecimento da Polícia Federal, Ministério Público e Fisco motivaram grandes escritórios a inaugurarem áreas especializadas em Direito Penal, informa o jornal Valor Econômico.

O objetivo dessas bancas é fornecer um serviço mais completo aos seus clientes do que as pequenas e médias firmas, uma vez que os advogados criminais trabalhariam em conjunto com profissionais de outras áreas, como tributária, empresarial e cível. Com isso, os procuradores não precisam indicar outros escritórios para seus contratantes resolverem questões que fogem do âmbito penal.  

O Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados abre nesta semana seu setor de Direito Penal Empresarial, com quatro ou cinco profissionais. A área será comandada pelo novo sócio Rogério Taffarello, que antes comandava a própria banca, o Andrade e Taffarello Advogados.

O Trench, Rossi, Watabanbe iniciou a expansão em 2014 quando contratou o professor da FGV Davi Tangerino, responsável pelos casos do WhatsApp no Brasil. De lá para cá, o setor criminal do escritório aumentou seu time de dois para 17 integrantes. A seção, que responde por 3% do faturamento da firma, teve o cliente que pagou honorários mais altos em 2016.

Já o Campos Mello Advogados inaugurou sua área criminal com a contratação da advogada Juliana Sá de Miranda e sua equipe no TozziniFreire Advogados. Hoje, o grupo tem seis profissionais.

O TozziniFreire, por sua vez, atua com Direito Penal desde 2007, mas assistiu ao setor crescer nos últimos tempos. A banca tem 10 advogados nessa área, bem como o Pinheiro Neto Advogados, outro grande escritório que há tempos atende clientes no campo criminal. 

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