Ordem de Moro

Banco Central bloqueia quase R$ 31 milhões de ex-ministro Palocci

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28 de setembro de 2016, 20h25

Quase R$ 31 milhões de reais do ex-ministro Antonio Palocci foram bloqueados pelo Banco Central nesta quarta-feira (28/9). O bloqueio atende decisão do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), responsável pelas ações relacionadas à operação “lava jato”.

José Cruz/Agência Brasil
Dos R$ 31 milhões, R$ 814 mil foram encontrados nas contas pessoais de Palocci e outros R$ 30 milhões na conta empresarial do ex-ministro.
José Cruz/Agência Brasil

Do total, R$ 30 milhões estão na conta da empresa Projeto – Consultoria Empresarial e Financeira, que pertence a Palocci. Outros R$ 814 mil foram encontrados nas duas contas pessoais do ex-ministro.

Além de Palocci, a decisão de Moro também determinou o bloqueio de valores das contas de Branislav Kontic, assessor do ex-ministro, e do ex-secretário da Casa Civil Juscelino Dourado. Ao todo, o julgador definiu os arrestos até R$ 128 milhões, mas os valores encontrados são muito inferiores a isso.

Segundo o Banco Central, não foram encontrados valores nas contas de Juscelino Antonio Dourado, e apenas R$ 1,5 mil nas de Branislav Kontic. O valor pedido por Moro toma como base as acusações contra Palocci, que teriam apontado repasse de R$ 128 milhões da empreiteira Odebrecht a uma conta que seria gerida pelo ex-ministro.

Para advogado de Palocci, José Roberto Batochio, as acusações são vagas e vazias. “Para quem quer pretexto, isso é pretexto, mas o fato é que o ex-ministro da Fazenda tem que ter uma interlocução com o setor empresarial, com a cadeia produtiva do Brasil, para que se estabeleçam as políticas públicas. Se um ministro conversa com alguém da iniciativa privada, já é suspeito de praticar crime?”

Antônio Palocci , Juscelino Antônio Dourado e Branislav Kontic foram presos temporariamente nessa segunda-feira (26/9). De acordo com a Polícia Federal, os investigados teriam recebido dinheiro da Odebrecht para beneficiar a empreiteira em contratos com o governo. Com informações da Agência Brasil.

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