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Influência do crime organizado na política preocupa, diz Gilmar

9 de setembro de 2016, 16h45

Por Redação ConJur

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A possibilidade de o crime organizado estar influenciando a disputa política precisa ser objeto de atenção do Estado. A ponderação do ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, vem em um momento em que já se registram 13 assassinatos de pessoas envolvidas com política na região da Baixada Fluminense.

Carlos Humberto/SCO/STF
Para Gilmar Mendes, influência do crime organizado nas eleições deve ser objeto de preocupação de todas as autoridades.
Carlos Humberto/SCO/STF

“Temos notícia de que no Rio o sistema paralegal, paramilitar, tem tido atuação e participação efetiva no processo eleitoral. Temos preocupação que o crime organizado participe do financiamento das eleições e temos preocupação que o crime organizado se organize politicamente. Isso precisa ser objeto de preocupação de todas as autoridades”, disse Gilmar Mendes.

Ele deu a declaração após ser questionado sobre a operação deflagrada na manhã dessa quinta-feira (8/9) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para prender suspeitos de envolvimento com a morte de políticos na Baixada Fluminense. Em nove meses, 13 pessoas envolvidas com a política local foram assassinadas na região.

A ação tem como base investigações da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense e conta com o apoio do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro. A Justiça Eleitoral já pediu apoio à Polícia Federal nas investigações desses crimes. Com informações da Agência Brasil.