Barroso permite regime aberto a ex-diretora de agência da Marcos Valério
1 de setembro de 2016, 18h02
Condenada na Ação Penal 470, o processo do mensalão, a ex-diretora Simone Reis Vasconcelos poderá cumprir em regime aberto o restante da pena de 12 anos, 7 meses e 20 dias de reclusão. O ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, reconheceu que ela cumpriu requisitos para a progressão: conseguiu descontar parte da pena com estudos e trabalho externo, não cometeu nenhuma infração disciplinar grave e pagou multa de R$ 676,3 mil.
A decisão foi proferida na terça-feira (30/8), e as condições para a saída ainda devem ser fixados pelo juízo de execução penal, em Minas Gerais. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já havia assinado parecer favorável ao pedido, afirmando que a ré já cumpriu um sexto da pena em regime semiaberto, onde estava desde julho de 2015.
Simone era diretora da SPM&B, do publicitário Marcos Valério, considerado responsável por emprestar empresas para desviar recursos para políticos indicados pelo PT.
Ela foi acusada de dar instruções ao Banco Rural, sacar cheques irregulares e pagar diretamente alguns envolvidos no esquema. Foi condenada pelos crimes de corrupção ativa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro — a pena deve ser cumprida até 2025.
Três réus da AP 470 continuam em regime fechado: Marcos Valério, seu ex-sócio Ramon Hollerbach e o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato.
Receberam indulto o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Sores e os ex-deputados federais Roberto Jefferson, Pedro Henry, Romeu Queiroz e Carlos Alberto Rodrigues Pinto. Também já foram perdoados Vinicius Samarane, ex-diretor do Banco Rural; Rogério Tolentino, ex-advogado de Valério; e o ex-tesoureiro Jacinto Lamas, que atuava no extinto PL (atual PR).
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EP 7
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