Consultor Jurídico

Por usar recursos públicos em eleição, Agnelo Queiroz fica inelegível

28 de outubro de 2016, 18h40

Por Redação ConJur

imprimir

Por usar recursos públicos na campanha para reeleição em 2014, o ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) se tornou inelegível por oito anos, conforme decisão dos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral do DF por 4 votos a 3.

Elza Fiúza/ABr
Para o TRE-DF, Agnelo usou agência estatal de jornalismo para fazer propaganda pessoal na campanha de 2014.Elza Fiúza/ABr

O ex-vice-governador Tadeu Filipelli e o jornalista André Duda, ex-secretário de Comunicação, receberam a mesma sentença. Todos foram condenados a pagar multa de R$ 30 mil cada um. Cabe recurso da decisão.

O presidente do TRE-DF, desembargador Romeu Gonzaga Neiva, que proferiu o voto de desempate pela condenação, escreveu em sua decisão que os acusados utilizaram a Agência Brasília, agência de notícias institucional do governo distrital, em benefício próprio.

"As matérias ditas jornalísticas possuem notória conotação de publicidade efetivada para a divulgação de atos, obras e programas de governo”, escreveu Gonzaga Neiva. A defesa de Agnelo alega que os conteúdos tinham caráter apenas informativo e jornalístico.

Em 2014, a chapa formada por Agnelo e Filipelli não conseguiu votos suficientes para ir ao segundo turno, que foi disputado por Rodrigo Rollemberg (PSB), atual governador, e Jofran Frejat (PR).

A ação no TRE foi movida pela coligação Somos Todos Brasília, de Rollemberg, com a alegação de que a página oficial e a conta no Facebook do governo do DF foram usadas por Agnelo para fazer “publicidade vedada de serviços não essenciais”.

A decisão do TRE-DF tem efeito imediato, mesmo em caso de pedido de recurso ao Tribunal Superior Eleitoral. Com informações da Agência Brasil.