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Clóvis de Barros Filho terá que indenizar ministro Gilmar Mendes

1 de outubro de 2016, 16h34

Por Redação ConJur

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O advogado e professor de ética Clóvis de Barros Filho terá de indenizar o ministro do Supremo Tribunal Federal por narrar em seu livro uma suposta conversa entre o apresentador da TV Globo William Bonner e o ministro.

Em determinado trecho do livro Devaneios sobre a atualidade do capital, escrito junto com Gustavo Daineze, Clóvis de Barros Filho diz: “Fui a uma reunião de pauta do Jornal Nacional, e o William Bonner liga para o Gilmar Mendes, no celular, e pergunta. ‘Vai decidir alguma coisa de importante hoje? Mando ou não mando o repórter?’. ‘Depende. Se você mandar o repórter, eu decido alguma coisa importante.’”

Inconformado, o ministro ingressou com ação de indenização por danos morais contra os autores e a CDG Editora. No último mês, as partes firmaram um acordo para encerrar ação. Nele, os autores do livro e a editora se comprometeram a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais ao ministro.

Além disso, deverão retirar de circulação todos os exemplares do livro ainda não vendidos que contenham o trecho e apagá-lo das próximas edições. O acordo foi assinado no dia 11 de agosto, no escritório de advocacia Mudrovitsch Advogados, que representa o ministro.

Curiosamente, nesta sexta-feira (30/9), em depoimento à revista IstoÉ, Clóvis de Barros fala sobre os limites necessários para a convivência em sociedade. "A canalhice é uma tentação permanente", diz o professor, e completa: "Onde houver duas ou mais pessoas convivendo, haverá um entendimento inteligente de quem convive sobre os limites das condutas. E todo mundo sabe que é preciso segurar a sua onda".