Prestações em aberto

Banco pede ao STF apreensão de Lamborghini de Collor por causa de dívida

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22 de novembro de 2016, 11h13

O Bradesco pediu nesta segunda-feira (21/11) ao Supremo Tribunal Federal autorização para apreender um carro Lamborghini Aventador que pertence ao senador Fernando Collor (PTC-AL). O veículo foi apreendido em uma das fases da operação "lava jato", mas foi devolvido ao parlamentar por uma decisão da corte. O carro é avaliado em mais de R$ 3 milhões.

Ao Supremo, os advogados do banco explicaram que a empresa Água Branca, ligada ao senador, deixou de pagar as parcelas do financiamento do carro em junho deste ano. Segundo o banco, em 2014, Collor fez, por meio da empresa, um financiamento de R$ 1,6 milhão, que seria pago em 60 parcelas de R$ 39,3 mil. Como as parcelas deixaram de ser pagas, a instituição bancária recorreu à Justiça de São Paulo para tomar o carro, mas a decisão do STF impediu a apreensão da Lamborghini.

Reprodução/GloboNews
A Lamborghini foi um dos cinco carros do senador apreendidos em julho. Foto: Reprodução GloboNews

Cinco carros de luxo — entre eles a Lamborghini — foram apreendidos na residência do senador em julho de 2015. A apreensão dos carros foi requerida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O procurador acusa Collor de receber cerca de R$ 26 milhões de propina em contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Pelas acusações, o senador foi denunciado ao Supremo pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Em outubro do ano passado, o ministro do STF Teori Zavascki atendeu a pedido da defesa de Collor e determinou que a Polícia Federal devolvesse uma Ferrari, uma Lamborghini, um Land Rover e um Bentley ao parlamentar, que deverá guardá-los sob a condição de fiel depositário. Os advogados do senador alegaram que os carros de luxo precisam de cuidados especiais e não podem ficar no depósito da PF. Com informações da Agência Brasil.

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