Opinião

Êxito em ações e relatórios completos são importantes para sucesso de parceria

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15 de novembro de 2016, 6h52

Quando pela primeira vez um cliente se depara com essa pergunta, vinda de um parceiro de negócios, parece não ser possível responder de imediato. Pode parecer claro e óbvio que o êxito das ações judiciais seja o que de mais relevante o escritório pode oferecer. No entanto, após uma análise detida, talvez se conclua que isso não é o suficiente.

A vitória nas ações judiciais é, sem sombra de nenhuma dúvida, a razão pela qual nos mantemos ligados aos nossos parceiros. No entanto, se ela vier desacompanhada de relatórios assertivos sobre o andamento das ações, de respostas descuidadas e equivocadas para nossas auditorias, entramos num cenário de conflito que pode comprometer o bom relacionamento entre cliente e escritório.

É comum as empresas delegarem a análise do risco das ações aos seus parceiros terceirizados. Isso é bastante frequente em ações judiciais diferenciadas como as tributárias, que envolvem impactos financeiros muito relevantes; ações trabalhistas, que são sensíveis para a imagem da corporação, entre várias outras. Terceirizar esta responsabilidade gera uma encargo grande para o escritório. Ao mesmo tempo em que o cliente está lhe dizendo que confia nele para que ele dê o norte das suas ações estratégicas, ele também espera que o escritório seja cuidadoso, minimalista e muito assertivo nesta entrega.

Quando os escritórios não atuam com zelo neste cenário, o gestor da empresa cliente, acaba sendo diretamente afetado, afinal é ele quem responde por aquela cota parte da gestão que foi terceirizada e que não foi bem conduzida pelo escritório.

Por outro lado, muitas vezes o parceiro também se sente em conflito com este cenário. Há empresas que demonstram uma preocupação tão exacerbada com os relatórios que parece não darem importância para os êxitos das ações e isso pode ser frustrante. A situação ideal (vitórias em ações judiciais e relatórios assertivos e corretos) é sempre o padrão de excelência que se deve buscar. Para tanto, é importante o escritório destacar profissionais bem preparados para essa tarefa.

Logo, é fundamental, pelo lado dos escritórios, conversar e entender a real necessidade do cliente para com esses relatórios e tentar, ao máximo, cumprir as determinações quanto a prazos de entrega e fidelidade das informações. Na maioria das vezes, é importante a ajuda de contadores para a melhor valoração dos processos. Imprescindível, também, manter o controle dos processos “up to date” de forma que a informação seja precisa.

Fundamental, ainda, pelo lado dos clientes, que esse diálogo constante se reflita em equipes parceiras, que “falem a mesma língua” e se completem nessa troca de informações (não é raro, o escritório ser questionado por informações que já constam dos relatórios), evitando-se retrabalho.

Em linha com tudo isso, também importa considerar que, muito possivelmente, quando estivermos falando de uma empresa de pequeno porte, talvez a questão dos relatórios seja totalmente secundária e de menor relevância pra ela. O êxito sim será algo essencial para proteger o seu patrimônio financeiro. Relatórios podem não ser tão importantes quanto para as empresas de grande porte, para as quais o controle das reservas técnicas das ações é algo essencial.

Logo, a conclusão mais honesta para a questão é a de que não é possível escolher entre uma e outra coisa. Se ambas forem bem conduzidas a parceria será muito bem sucedida. Se qualquer uma delas estiver desequilibrada, então a parceria sofrerá as consequências naturais dessa falta de equalização, no entanto, cliente e escritório precisam estar com todas as expectativas bem alinhadas de lado a lado. Este é um dos segredos do sucesso na parceria.

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