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Ex-secretário do PT e mais quatro pessoas viram réus em nova ação da "lava jato"

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9 de novembro de 2016, 19h36

Um dia depois de receber denúncia do Ministério Público Federal, o juiz federal Sergio Fernando Moro tornou réu o ex-secretário do PT Silvio Pereira, acusado de receber um veículo estimado em R$ 74 mil, em troca de auxílio para a empreiteira GDK fechar um contrato com a Petrobras, no Espírito Santo, em 2004.

Outras quatro pessoas são acusadas, inclusive Renato de Souza Duque, ex-diretor da petrolífera, suspeito de fraudar a licitação da obra para beneficiar a empresa. O MPF afirma que a empresa prometeu pagar 1,5% do contrato, totalizando R$ 6,8 milhões.

Segundo a denúncia, Pereira tem relação com o esquema, pois gerenciava um sistema de escolha de apadrinhados políticos do PT para cargos de livre indicação no governo federal. Ele ainda é acusado de lavar dinheiro usando uma empresa de eventos, em seu nome, para receber R$ 486 mil da empreiteira OAS entre 2009 e 2011. O ex-presidente da construtora, José Adelmário Pinheiro, também virou réu nesta quarta.

Moro voltou a dizer que, nessa fase, cabe ao juiz apenas avaliar se há indícios suficientes de autoria e materialidade. “Questões mais complexas a respeito do enquadramento jurídico dos  […] devem ser deixados ao julgamento, após a instrução e o devido processo.”

Ele avaliou que valem os mesmo fundamentos já anunciados quando ele mandou prender Pereira, em abril. O ex-secretário responde em liberdade. A “lava jato” tem 22 sentenças e cerca de 20 ações penais ainda em andamento. Com informações da Agência Brasil e da Assessoria de Imprensa do MPF-PR.

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Clique aqui para ler o resumo de 17 das 22 sentenças da "lava jato".
Processo 5056533­32.2016.4.04.7000

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