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Polícia Federal pede arquivamento de inquérito sobre Lindbergh Farias

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8 de novembro de 2016, 18h18

A Polícia Federal pediu o arquivamento do inquérito que investiga denúncias de corrupção contra o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Em relatório final sobre as apurações, a PF informou que não foram encontrados “indícios mínimos de autoria e materalidade” em relação aos crimes pelos quais o parlamentar é investigado.

O relatório, do dia 29 de setembro, foi enviado ao ministro Teori Zavascki, relator do inquérito, em trâmite, no Supremo Tribunal Federal. As investigações são parte da operação “lava jato”, que apura esquema de corrupção na Petrobras.

Os policiais apuravam informações prestadas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Em delação premiada, ele disse ter sido procurado por Lindbergh em 2010 para conseguir R$ 2 milhões para sua campanha para o Senado daquele ano.

O executivo, então, repassou o combinado ao doleiro Alberto Youssef, que faria a entrega do dinheiro. Segundo a tese inicial dos investigadores, a verba tinha origem em contratos superfaturados assinados entre a Petrobras e empreiteiras.

Segundo o relatório da PF, Youssef, que também fez acordo de delação premiada na "lava jato", negou que tivesse participado dessa negociação e disse que nunca esteve com Lindbergh. Paulo Roberto havia dito ainda que o senador era um dos políticos com influência suficiente para aprovar ou vetar indicados para as diretorias da Petrobras. Ninguém confirmou essa história.

A Polícia Federal também conferiu a versão de Paulo Roberto com executivos construtoras Queiroz Galvão, Carioca Engenharia, Iesa, Camargo Corrêa, Engevix, Setal, UTC e Andrade Gutierrez. Nenhum dos que falou em delação premiada confirmou a história contada pelo executivo da Petrobras.

De acordo com o relatório da PF, foram confirmadas “doações eleitorais vultosas” feitas pelas empresas envolvidas na “lava jato”, tanto para Lindbergh quanto para o PT. Mas ninguém além de Paulo Roberto Costa confirmou qualquer repasse ao senador Lindbergh Farias.

Clique aqui para ler o relatório final da PF sobre o inquérito.

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