Resposta a Lula

Noronha defende STJ e elogia fim do sigilo de ações da "lava jato"

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17 de março de 2016, 16h36

O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça, defendeu a corte durante sessão da 3ª Turma nesta quinta-feira (17/3). O julgador afirmou que o STJ não é covarde e que julga com imparcialidade os casos da "lava jato".

As afirmações de Noronha são uma resposta às opiniões do ex-presidente e atual ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgadas nos áudios apresentados pela Justiça Federal nessa quarta-feira (16/03).

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Para Noronha, Sergio Moro contribui para desvelar “a podridão que está por trás do poder” ao retirar sigilo da "lava jato".

Segundo Noronha, os trechos das conversas do ex-presidente que foram divulgados são “estarrecedores”. “Repilo as palavras de Lula quando ele diz que esta casa está acovardada”, disse.

Para o magistrado, o STJ cumpre o dever constitucional de zelar pela independência da Justiça Federal e pela aplicação da lei a todos, sem diferença. Ele justificou que não se tratava de uma intervenção ao longo da sessão de julgamentos, mas de uma defesa institucional diante da gravidade das acusações feitas ao tribunal.

Noronha ainda elogiou a atuação do juiz Sergio Moro na condução dos processos da operação “lava jato” e também por retirar o sigilo sobre as investigações da 24ª fase da operação, denominada aletheia.

De acordo com o ministro, o sigilo nas operações não é devido à proteção do réu ou de outra parte, mas para preservar a ordem pública. Ao retirar o sigilo da operação, afirmou Noronha, Moro contribui para desvelar “a podridão que está por trás do poder”. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.

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