Consulta à classe

Delegados federais preparam eleição informal para sugerir diretor da PF

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14 de maio de 2016, 16h18

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) começou a organizar uma lista tríplice com possíveis nomes para ocupar o cargo de diretor-geral da corporação. O processo teve início na última sexta-feira (13/5) e deve anunciar os mais votados ainda neste mês, com a entrega dos nomes ao presidente interino Michel Temer (PMDB) e ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

A iniciativa é informal, pois hoje a decisão é de escolha do ministro da Justiça, e faz parte de uma cobrança da categoria por maior autonomia da instituição, espelhando-se no modelo do Ministério Público. Moraes não deu sinal de que tem planos para mudar o comando: já declarou à imprensa que manterá o atual diretor-geral, Leandro Daiello.

Para se candidatar, o delegado federal deve ocupar a última classe da carreira e estar em atividade. A ADPF planeja que todos passem por sabatinas e debates entre a categoria.

A proposta é que o novo diretor-geral ocupe o cargo por no máximo três anos, com a possibilidade de apenas uma recondução. A associação afirma que esse modelo afasta o risco destituição do cargo a qualquer tempo e fortalece a instituição contra interferências políticas.

Delegados também procuram ampliar a autonomia com a aprovação da PEC 412/2009, em andamento na Câmara dos Deputados. Com o mandato do diretor-geral de três anos, a indicação dos nomes com a lista tríplice e a aprovação da PEC 412/2009, nós teremos a condição de ter uma Polícia Federal cada vez mais republicana, forte, que não protege nem persegue e que atua de forma isenta e imparcial”, afirma o presidente da ADPF, Carlos Eduardo Miguel Sobral.

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