Punibilidade extinta

Idade avançada livra Dirceu, Bumlai e Schahin de denúncia por lavagem

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7 de maio de 2016, 16h21

A condição de septuagenários fez com que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o pecuarista José Carlos Bumlai e os banqueiros Milton e Salim Schahin não fossem denunciados pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro na operação "lava jato". Eles têm mais de 70 anos de idade. Assim, o crime de lavagem de dinheiro, que teria ocorrido em 2004 e seria atribuído a eles, já prescreveu.

Segundo a força-tarefa da operação em Curitiba, o caso envolve parte de um empréstimo do Banco Schahin ao PT, que teria sido intermediado por Bumlai, amigo do ex-presidente Lula. Os procuradores afirmam que “não há dúvidas de que o empréstimo tinha como finalidade o pagamento de dívidas do interesse do PT, tendo Bumlai sido utilizado somente como pessoa interposta.”

“Deixa-se de oferecer denúncia em face em razão da extinção da punibilidade pelo advento da prescrição da pretensão punitiva estatal, tendo em conta que os últimos atos de lavagem denunciados datam de 10 de novembro de 2004 e os investigados possuem mais de setenta anos, o que reduziu o prazo prescricional pela metade nos termos do art. 115 c/c art. 109, I e II, do Código Penal”, diz o MPF em denúncia apresentada nessa sexta-feira (6/5).

São denunciados no mesmo documento o empresário Ronan Maria Pinto, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o operador do mensalão Marcos Valério e outros seis acusados de lavagem de dinheiro envolvendo o empréstimo. 

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