Empresas de fachada

Carlinhos Cachoeira e ex-diretor da Delta são presos nesta quinta

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30 de junho de 2016, 11h11

O empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu foram presos nesta quinta-feira (30/6) acusados de participarem em um esquema de desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro, no valor de R$ 370 milhões.

Também são alvos da operação desta quinta, o ex-presidente da empreiteira Delta Construções Fernando Cavendish e o empresário Adir Assad, que já foi condenado na operação "lava jato". Ao todo estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás.

Segundo o Ministério Público Federal, foram rastreados os pagamentos feitos pela Delta a empresas de fachada. Foi verificado ainda aumento dos valores dessas transferências em anos de eleições. Foram feitas transferências, por exemplo, de R$ 80 milhões para uma obra inexistente chamada Transposição do Rio Turvo, no Rio de Janeiro.

De acordo com a denúncia, as empresas, que só existiam no papel, recebiam o dinheiro, mas não executaram o serviço — as empresas de Adir Assad e Marcelo Abbud emitiam notas frias não só para a Delta, mas para muitas outras empresas. Segundo as investigações, o esquema também serviu de suporte à corrupção na Petrobras. Ao todo, o Ministério Público Federal denunciou 23 pessoas.

Outras condenações
Esta não é a primeira vez que Carlinhos Cachoeira é preso. Em fevereiro de 2012 o empresário foi preso como resultado da operação monte carlo, que apurou corrupção e exploração ilegal de jogos na esfera federal.

Em outubro daquele mesmo ano ele conseguiu uma liminar garantido sua liberdade em relação àquela operação. Contudo, ele não pôde ser solto devido aos desdobramentos de outra operação, a saint-michel, que apurou irregularidades no sistema de transporte público no Distrito Federal. O empresário acabou sendo solto em novembro de 2012.

Cachoeira acabou recebendo duas condenações. Na monte carlo foi condenado em primeira instância a mais de 39 de prisão. Já na segunda, a pena foi de cinco anos. O empresário recorreu das duas condenações. Com informações da Agência Brasil e Assessoria de Imprensa da Polícia Federal.

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