Conduta questionada

AGU diz que sua crítica a Cardozo não se refere à advocacia

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1 de junho de 2016, 18h22

O advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, disse que não criticou a conduta do ex-AGU José Eduardo Cardozo como advogado, mas como “agente político cujo cliente era a República Federativa do Brasil". 

Nessa terça-feira (31), Cardozo entrou com uma representação no Conselho de Ética da Presidência da República contra Osório, por ter determinado abertura de sindicância para apurar a sua atuação na defesa da presidente Dilma Rousseff. Osório questiona o fato de Cardozo afirmar que o atual processo de impeachment é um golpe de Estado.

“A União Federal era ou deveria ser a cliente do advogado geral da União e o tema referente aos limites da atuação do anterior AGU frente aos interesses da União Federal é objeto de apuração na corregedoria. Não se trata de pretender punir alguém, mas sim de aperfeiçoar as instituições”, disse Osório.

Para Cardozo, a ação de Osório é uma tentativa de intimidação do livre exercício da atuação de um advogado e da defesa da presidente da República, violando o Estatuto da Advocacia, da Ordem dos Advogados do Brasil. Na representação, o ex-AGU afirma que vai continuar a afirmar, no exercício da advocacia, que o impeachment de Dilma está sendo processado sem base constitucional e que seria um “golpe”.

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Cardozo (ex-AGU) e Medina Osório (AGU) se enfrentam em sindicâncias e representações.
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