Ideias do Milênio

"Para que as pessoas sejam boas, dê-lhes esperança, educação e uma ambição"

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10 de fevereiro de 2016, 8h47

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Entrevista concedida pelo presidente da Universidade do Povo, Shai Reshef ao jornalista Luis Fernando Silva Pinto, para o programa Milênio — um programa de entrevistas, que vai ao ar pelo canal de televisão por assinatura GloboNews às 23h30 de segunda-feira, com repetições às terças-feiras (17h30), quartas-feiras (15h30), quintas-feiras (6h30) e domingos (14h05).

Presidente da Universidade do Povo. Parece até título de alguém da Coreia do Norte, mas a realidade não poderia ser mais diferente. O presidente da Universidade do Povo mora aqui nos EUA, graduou-se em política chinesa e está proporcionando formação universitária sem mensalidades para pessoas de 160 países, incluindo o Brasil. O nome dele é Shai Reshef. Sete anos atrás, ele fundou uma universidade que não tem salas de aula, que existe para estudantes que desistiram de uma universidade comum por falta de dinheiro, ou para refugiados em situações de crise que tiveram que abandonar suas terras natais, ou para mulheres em países que não permitem que elas estudem. Shai Reshef usa a internet não só para chegar aos alunos, mas para transformar professores em mentores, dispostos a ensinar e também a aprender com esses novos tipos de estudantes.

(Eu hoje trabalho como garçom aqui no Brasil. Na minha turma, por exemplo, são 30 alunos. Tem alunos da Rússia, da África, isso com certeza abre portas para mim e para outros que venham querer fazer esse curso.)

É um modelo inovador que está ganhando parceiros importantes, como as Nações Unidas e a Fundação Bill Gates. Talvez seja um novo caminho no ensino. Vamos descobrir agora, no Milênio.

Luis Fernando Silva Pinto — Eu não me interessaria por outra universidade virtual. Há várias. O que há de especial na Universidade do Povo?
Shai Reshef —
Nós somos a primeira universidade virtual sem fins lucrativos, sem mensalidade e reconhecida, dedicada a quem se forma na escola, mas não pode pagar o ensino superior.

Luis Fernando — Sem mensalidade?
Shai Reshef —
Isso.

Luis Fernando — É gratuita?
Shai Reshef —
Não. Não tem mensalidade, mas não é gratuita. Os estudantes devem pagar US$ 100 por exame de conclusão de curso. Os cursos são gratuitos, mas, no fim, eles devem pagar US$ 100, se tiverem dinheiro. Se não tiveram, oferecemos várias bolsas. No entanto, quem paga desembolsa US$ 1 mil por ano ou US$ 4 mil por um diploma de bacharelado. Isso para quem puder pagar.

Luis Fernando — US$ 4 mil por um diploma superior reconhecido. US$ 4 mil, hoje em dia, não cobrem as despesas mensais com moradia e alimentação na maioria das universidades particulares dos EUA.
Shai Reshef —
Bem, eu trabalhei na educação particular durante vários anos. Conheço os custos de uma universidade virtual e de uma universidade física, mas também sei que todos os ingredientes que tornam a educação superior tão cara estão disponíveis gratuitamente: tecnologia de código aberto, recursos educacionais livres, ou seja, conteúdo produzido por professores e disponibilizado gratuitamente na rede, e uma nova cultura da internet na qual as pessoas compartilham, ensinam e aprendem de graça.

Luis Fernando — Como funciona? Vocês reúnem o que já existe na internet?
Shai Reshef —
Exatamente.

Luis Fernando — E como transformam isso numa disciplina? Precisam de gente para isso.
Shai Reshef —
Temos voluntários. Nossa base são voluntários. Temos 4 mil professores voluntários, pessoas que embarcam no projeto para pôr nossa missão em prática. Entre essas pessoas estão o nosso reitor, que é da Universidade de Columbia, nosso decano, que é da NYU, nossos instrutores, que são de várias universidades. Nosso conselho, presidido por John Sexton, reitor da NYU, inclui o vice-chanceler de Oxford, a subsecretária de Educação americana, o chanceler de Berkeley… Muita gente de universidades de prestígio que acredita na missão, porque todos entendem que o custo da educação superior chegou a um ponto em que a maioria não consegue pagar. E estamos mostrando que há uma forma de reduzir esses cursos, e eles acreditam nisso.

Luis Fernando — Quantos alunos vocês têm?
Shai Reshef —
Atualmente, temos 2.500 estudantes de 170 países.

Luis Fernando — 2.500 estudantes. Quais são os cursos disponíveis? Os diplomas.
Shai Reshef —
Oferecemos Administração de Empresas e Ciência da Computação, os dois diplomas mais procurados e que mais provavelmente ajudarão nossos alunos a conquistar empregos melhores.

Luis Fernando — E quem são esses 2.500 alunos? Qual é a história deles? Qual é sua classe social e suas aspirações?
Shai Reshef —
Alguns são pessoas que não têm como pagar a faculdade. Nos EUA, podem vir de áreas pobres, podem ser estudantes sem documentos, podem ser pessoas que entraram na universidade, acumularam dívidas altíssimas e decidiram desistir e entrar na nossa. Em outros países, o custo também é um motivo, mas há o problema da disponibilidade. Em muitos países, simplesmente não há vagas suficientes. As pessoas passam nas provas de admissão, mas não conseguem entrar porque não há vagas disponíveis. Mas também há pessoas em outras circunstâncias, como mulheres em países muçulmanos, que não podem frequentar a universidade, e refugiados. Milhões de refugiados no mundo todo terminam a escola, são forçados a deixar seu país e não têm outra alternativa. Nós somos a resposta para eles.

Luis Fernando — A população de refugiados atualmente no mundo é imensa. São milhões de pessoas. Eles frequentam a Universidade do Povo?
Shai Reshef —
Claro. Acabamos de anunciar que aceitaremos 500 refugiados sírios em nossos cursos. Apenas anunciamos e já recebemos 500 fichas de inscrição. Já arrecadamos US$ 1 milhão para custear os estudos deles, ou seja, eles ganharão bolsa, e nós os recebemos porque, se pensarmos nesses refugiados sírios, eles deixaram seu país e não têm esperança. Eles só terão um futuro melhor através da educação. Então eles nos procuram para continuar sua educação, para ter um diploma americano e um futuro melhor.

(Existem grupos ligados à educação que questionam a eficácia da Universidade do Povo. Para eles, o mercado tem dificuldades para contratar pessoas que tenham aulas online em seu currículo. Segundo eles, muitos concluem o curso. Mas poucos conseguem bons empregos.)

(Vídeo retirado da internet: “Eu gostaria de falar sobre a Universidade do Povo por um minuto. Parece ser um programa interessante. Definitivamente, não está no topo da minha lista. Nem de longe no topo da lista. Mas eu também não descartaria de vez. Não está entre as melhores. Nem entre as piores. É uma coisa específica para grupos. Se a sua vida está dentro de algumas circunstâncias, talvez seja a melhor coisa para você. Mas se você não está dentro desse grupo, ela pode ser horrível”.)

Luis Fernando — Como o curso é estruturado? Os alunos estudam todo dia, uma vez por semana? Como é? E você disse que as provas devem ser feitas e pagas. Elas são feitas em datas específicas ou quando o aluno estiver pronto?
Shai Reshef —
Vou explicar como funcionam os cursos. Para serem aceitos, os alunos têm de provar que têm diploma de ensino médio e que são fluentes em inglês. Cumprindo esses dois requisitos, podem começar a estudar. Cada disciplina dura nove semanas. A semana começa na quinta-feira e termina na quarta-feira. Toda semana, quando entram na sala de aula, se unem a 20 ou 30 alunos como eles, de 20 a 30 países diferentes. Tentamos mesclar alunos do mundo todo. E toda semana eles encontram, na sala de aula virtual, as observações da aula, a leitura da semana, a tarefa de casa da semana e a pergunta para discussão, e o centro dos nossos estudos é a pergunta para discussão. Toda semana, após lerem o material, os alunos discutem o tópico entre si sob a supervisão do instrutor, que ajuda a moderar a discussão.

Luis Fernando — É como uma sala de bate-papo.
Shai Reshef —
Exato. Não exigimos áudio nem vídeo. É tudo baseado em textos. Se puderem ver vídeos, mandamos links para vídeos, mas não é obrigatório. Além disso, podem estudar quando e onde quiserem.

Luis Fernando — Então o professor não é essencial.
Shai Reshef —
Você tem toda a razão. Se pensarmos bem, os professores sabem mais do que a internet? Ainda precisamos do professor para passar conhecimento? O conhecimento está disponível. Precisamos do professor no máximo como moderador das discussões. O nosso modelo é colaborativo. Os estudantes ensinam e aprendem uns com os outros e também avaliam as tarefas uns dos outros.

Luis Fernando — Você ganhou dinheiro com o modelo de educação privado, na preparação para testes. E investiu seu próprio dinheiro para criar a Universidade do Povo. Quanto investiu e por quê?
Shai Reshef —
Originalmente, investi US$ 1 milhão para iniciar o projeto e recebi um adiantamento que depois também investi. E investi porque acreditei no projeto. Primeiro, porque eu tive uma empresa, a vendi e me sinto sortudo por ter o suficiente. É minha vez de retribuir. E retribuo doando meu dinheiro e meu tempo nos últimos seis anos… É a única coisa que estou fazendo, porque acredito que a educação é um direito, não um privilégio. Todas as pessoas devem ter direito a educação superior. E isso pode ser feito por uma fração do custo atual. E quero mostrar ao mundo que é possível. Fazendo isso, vamos ensinar muitas pessoas, construir um modelo para que outros reproduzam e solucionar o problema. Quando todas as pessoas do mundo puderem ter um diploma superior, teremos um mundo diferente.

Luis Fernando — A plataforma usada pela Universidade do Povo foi desenvolvida na Palestina.
Shai Reshef —
Foi.

Luis Fernando — Imagino que não seja problema para você saber que os palestinos são bons de programação.
Shai Reshef —
Eles são ótimos. Eles não são apenas seres humanos, são seres humanos incríveis. Somos parceiros da Asal Tech, uma empresa de Ramallah, na Palestina. Toda a parte de TI é desenvolvida lá. O trabalho deles é incrível. Entregam sempre antes do prazo e o trabalho sempre supera nossa expectativa de qualidade. Eles não são caros. Todo mundo sai ganhando. Por que não?

Luis Fernando — A gente até se pergunta por que há tantos problemas.
Shai Reshef —
Não sei explicar. Eles são seres humanos extraordinários, é tudo que posso dizer.

Luis Fernando — Você estudou nos EUA, em Michigan, e se formou em Política Chinesa. Por que essa escolha e como isso o ajudou, ou não, mais tarde?
Shai Reshef —
Eu acho que… Eu achava a China um país fascinante, e decidi estudá-la porque acho que o que torna a China única na era moderna é ter aparecido um líder — Mao Tsé-Tung — que disse: “Eu vou mudar a cultura do meu país. Em vez de as pessoas acreditarem no que acreditam há milênios, agora elas vão acreditar no comunismo”. E eu diria que essa foi uma tentativa muito interessante, ou missão, que acho fascinante. Eu quis estudá-la e saber se foi um sucesso ou um fracasso. E foi o que fiz. A China é um país fascinante, temos muito o que aprender com os chineses, e acho que a experiência de tentar mudar o destino de povos, de países, do mundo é, de alguma forma, o que estou tentando fazer na Universidade do Povo. Acredito que tirar as pessoas de seu ambiente natural e torná-las parte do mundo, fazê-las estudar com gente de todo o mundo, ampliar seus horizontes, criar uma mudança de atitude… É assim que mudaremos o mundo, ampliaremos os horizontes das pessoas e faremos com que acreditem na paz.

Luis Fernando — A Universidade do Povo precisaria de uma revolução cultural?
Shai Reshef —
Talvez. Quem sabe? Estamos promovendo a revolução da educação, não de um país, apesar de que grande parte da revolução cultural chinesa aconteceu através da educação. Mas eles fecharam escolas e universidades.

(Luis Fernando — Nessa segunda parte da nossa entrevista, Shai Reshef reforça um dos princípios da internet, de que a informação quer ser livre. Para ele, o conhecimento é acessível, mas é preciso orientação para saber buscá-lo. É justamente esse o trabalho dos 4 mil voluntários que compõem a Universidade do Povo.)

Luis Fernando — A pergunta inevitável é se você é um otimista ou um sonhador. Como se definiria?
Shai Reshef —
Acho que sou realista. Acho que alguém tinha de fazer o que estou fazendo. Ainda bem que sou eu e não outra pessoa, mas é a realidade. Eu sou a realidade do século 21, só a estou fazendo acontecer. Sou otimista no sentido de que acredito que o ser humano é bom. Acredito que as pessoas queriam que o mundo fosse um lugar melhor, acredito que as pessoas queiram que todos vivam bem. Temos 4 mil voluntários, pessoas que doam seu tempo e sua energia para melhorar a vida de outras. Desse ponto de vista, sou otimista. Essa é uma parte. A outra é dar esperança às pessoas. Para que as pessoas sejam boas, dê-lhes esperança, dê-lhes educação, dê-lhes uma ambição, um futuro melhor. Assim não serão terroristas. Por que seriam se têm um futuro bom pela frente? Vão querer investir em seu futuro em vez de se matar. Há maldade no mundo e sempre haverá, mas a educação fará desabrochar a bondade de muitas pessoas mais, e o mundo será melhor.

Luis Fernando — A internet, além de fazer muitas outras coisas, acaba multiplicando a capacidade de coisas que já existiam. Nós sempre pudemos chamar um táxi, mas agora chamamos pelo aplicativo. Sempre pudemos comprar coisas nas lojas, agora compramos de casa. E a educação pode se tornar gratuita com o seu modelo. Essa é a melhor possibilidade da internet?
Shai Reshef —
Acho que é uma das melhores possibilidades da internet, porque no passado o conhecimento estava com poucas pessoas em poucas instituições. Se não entrasse naquela instituição, você não tinha acesso ao conhecimento. Agora todos têm acesso.

(José Cezário tem 34 anos, é garçom e mora no Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro. Está matriculado na Universidade do Povo desde 2014 e já cursou mais de 140 horas de aula. Para ele, existem várias vantagens nesse tipo de estudo online. “Primeiro pela flexibilidade do horário, de eu poder estar traçando minha escala de horário para estudar. Segundo, por ser em outro idioma, em inglês, eu tenho o domínio do inglês porque já trabalhei embarcado em cruzeiros e fiquei bastante tempo trabalhando como garçom fora, falo bem inglês e terceiro por ter essa vontade de concluir um curso superior que eu não tenho e se encaixou tudo como uma luva para mim. Então hoje eu tenho contato com pessoas do mundo inteiro, na minha turma, por exemplo, são 30 alunos, tem alunos da Rússia, da África, da Índia, a gente está sempre dando um feedback sobre os trabalhos do outro, isso com certeza abre portas para mim e para outros que venham a querer fazer esse curso. Olha, para quem não tem condições financeiras ou mesmo sente dificuldade de passar em um vestibular de universidade pública ou não tem condições financeiras para entrar em uma faculdade particular boa, porque a educação particular superior é muito cara aqui no Brasil, é uma excelente opção você fazer esse curso da Universidade do Povo, porque são cursos de extrema qualidade e que vai te dar uma bagagem e ferramentas para você seguir e para você vencer na vida, não interessa de que classe social você venha.”)

Luis Fernando — Você contrataria alguém que se formou pela sua universidade?
Shai Reshef —
Já contratamos vários ex-alunos, que ajudam os atuais. Claro que sim. Ela é tão boa quanto as outras. É educação de alta qualidade. Eu não hesitaria em contratá-los. Além disso, acho que os nossos alunos são, em muitos aspectos, mais capazes do que os de escolas tradicionais.

Luis Fernando — Porque eles correm atrás?
Shai Reshef —
Em primeiro lugar, precisam ser mais motivados. É preciso ter motivação e disciplina. Em segundo lugar, estudam com pessoas do mundo todo. Têm uma mentalidade diferente, fazem parte da economia global, que é o que as multinacionais querem. Então os nossos alunos estão mais qualificados para os negócios do século 21 do que outros estudantes.

Luis Fernando — Antes, um profissional era definido pela qualidade da universidade que tinha frequentado. Não mais.
Shai Reshef —
Você contrataria alguém com um ótimo diploma ou alguém que sabe o que deve fazer? Essa é a resposta, e acho que passamos aos alunos as habilidades e os conhecimentos necessários para que encontrem bons empregos.

Luis Fernando — Qual é o próximo passo, o futuro da Universidade do Povo?
Shai Reshef —
É ser sustentável do ponto de vista financeiro, o que acontecerá no ano que vem, quando teremos 4 mil alunos pagando US$ 100 por prova. Depois queremos começar a crescer cada vez mais, porque a Unesco declarou que em 2025 haverá 100 milhões de estudantes sem vagas nas atuais universidades.

Luis Fernando — Cem milhões?
Shai Reshef —
Cem milhões…

Luis Fernando — Isso supera a população de muitos países.
Shai Reshef —
Não terão vagas! Nós acreditamos que, na internet… Na nossa sala de aula tem lugar para todo mundo. Queremos servir esse público. Mas o principal é crescer e, depois, introduzir novos programas. Achamos que não há demanda só em Administração e Computação, mas que há necessidade de outras profissões também. Por exemplo, estamos desenvolvendo Ciências da Saúde, que será nosso próximo programa, junto com o MBA. E veremos.

Luis Fernando — Você me explicou, mas eu não entendi. Quem credenciou a Universidade do Povo?
Shai Reshef —
A Universidade do Povo é uma universidade oficial, reconhecida pelo Deac, o Conselho de Credenciamento de Educação a Distância, que é reconhecido pela Agência de Credenciamento do Departamento de Educação. Foram eles que nos credenciaram.

Luis Fernando — O processo foi longo?
Shai Reshef —
Muito longo. Levou alguns anos. Para credenciar uma instituição, eles verificam tudo, tanto os processos como os resultados. E, durante esse processo, exigem algumas mudanças. Foi um longo processo até conseguirmos o credenciamento, mas ficamos satisfeitos, porque nos tornamos melhores.

Luis Fernando — Para um pai na Amazônia, o fato de o filho dele ter um diploma universitário é uma realidade distante. Ele primeiro se preocupa com o diploma de ensino médio. O mesmo modelo é aplicável para alunos do ensino médio?
Shai Reshef —
Eu acho que sim. Não sei qual seria a idade inicial, mas sem dúvida funcionaria no ensino médio. E acho que alguém… Estamos fazendo nossa parte e continuaremos fazendo. O nosso sucesso vem do fato de que nos concentramos em fazer o que fazemos melhor. Outros devem investir no ensino médio. Acho que pode ser feito, afinal, jovens de 14 anos lidam com a internet muito melhor do que eu.

Luis Fernando — Para terminar, por que Administração de Empresas e Ciência da Computação?
Shai Reshef —
Nossos alunos nos procuram para ter um futuro melhor. Então escolhemos os dois cursos que mais demandam novos profissionais. Administração e Computação são os dois cursos mais procurados no mundo e que darão a eles mais chances de encontrar um emprego para que tenham um futuro melhor.

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