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Leia os documentos dos acordos de leniência da Odebrecht

24 de dezembro de 2016, 13h35

Por Redação ConJur

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Anunciado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) como o maior acordo de leniência já feito no mundo envolvendo corrupção, o acordo entre Braskem e Odebrecht com EUA, Brasil e Suíça prevê o pagamento de U$ 3,5 bilhões, além da confissão dos fatos de que elas são acusadas, para evitar medidas judiciais contra elas. As denúncias contra as companhias e os acordos na qual admitiram culpa foram disponibilizados pelo DOJ – todos os documentos estão em inglês.

O que mais chama a atenção dos documentos são os relatos de acordos de propina e compra de vantagens junto ao governo sem nomear quem são os envolvidos. Os documentos dividem esses agentes em empregados da Braskem ou Odebrecht e membros do governo brasileiro, todos com uma numeração distinta.

Por exemplo, o "Brazilian Official 3" é alguém que foi ministro no Brasil e conselheiro dos membros mais altos do Executivo. Já o "Braskem Agent 1"é um cidadão brasileiro que foi executivo da Odebrecht e da Braskem.

Em uma parte da descrição do esquema, o DOJ relata: "Primeiro, o Empregado da Braskem número 1 contatava o Empregado da Braskem número 3 para chegar ao Membro do Governo número 3. O pedida ersa para que ele intercedesse junto a um ministro do governo e que aconselhasse um membro da equipe do Membro do Governo número 1 para que falasse com esta pessoa para que ela aprovasse uma solução legislativa feita pela Odebrecht e Braskem. Ambos os indivíduos [do governo] concordaram em ajudar os Empregado da Braskem número 3”.

Por enquanto, a Justiça dos Estados Unidos ainda não informou quem são as pessoas envolvidas no caso. 

Clique abaixo para ler os documentos: