Apologia à tortura

Movimento do Ministério Público Democrático pede cassação de Bolsonaro

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22 de abril de 2016, 15h03

Depois da Seccional do Rio de Janeiro da Ordem das Advogados do Brasil, o Movimento do Ministério Público Democrático também veio a público criticar a declaração do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em favor do coronel e ex-chefe do Doi-Codi — órgão de repressão da ditadura militar — Carlos Brilhante Ustra e pedir o fim do mandato parlamentar dele.

No último domingo (17/4), ao voltar pelo impeachment da presidente, Bolsonaro declarou, antes do "sim": "Pela memória do coronel Carlos Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff", referindo-se ao fato de a petista ter sido presa e torturada nos anos 1970 por pertencer a grupos que combatiam a ditadura militar.

Em nota, o MPD afirmou que “repudia com veemência todas as formas de apologia à tortura e às ditaduras”. Assim, a entidade pediu que Bolsonaro seja investigado pela Justiça e perca seu mandato por quebra de decoro.

Leia a nota:

O Movimento do Ministério Público Democrático, por seu histórico compromisso com a defesa dos direitos fundamentais e prevalência do estado democrático de direito, repudia com veemência todas as formas de apologia à tortura e às ditaduras.

Por isso, repudiamos e lamentamos, profundamente, as manifestações do Deputado Jair Bolsonaro enaltecendo a figura do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ulstra, conclamando as autoridades à tomada de providências criminais e de perda de mandato por quebra do decoro parlamentar.

Não podemos aceitar a volta das vozes das trevas, de triste memória para o Brasil.

Diretoria do MPD”.

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