Depósito na Suíça

PGR consegue repatriar US$ 54 milhões desviados da Petrobras

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15 de abril de 2016, 20h38

A Procuradoria-Geral da República conseguiu repatriar neste mês US$ 54 milhões desviados da Petrobras em contratos da estatal com a empresa holandesa SBM Offshore investigados na “lava jato”. Segundo a PGR, o valor foi desviado por intermédio do lobista Julio Faerman, que assinou o acordo de delação premiada e se comprometeu a devolver as quantias depositadas em bancos da Suíça.

A SBM, especializada na construção de plataformas de exploração de petróleo, é acusada pelo MPF de pagar cerca de US$ 42 milhões em propina para ex-funcionários e diretores da Petrobras, em troca de negócios com a estatal, entre 1997 e 2012.

Em janeiro, executivos da SBM Offshore aceitaram acordo extrajudicial com o Ministério Público Federal no qual se comprometeram a pagar multa em troca do encerramento do processo em que são acusados de favorecimento pessoal.

No ano passado, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco detalhou, em depoimento de delação premiada, como passou a cobrar propina de empresas que pretendiam firmar contratos com a Petrobras. Barusco disse que começou a receber os pagamentos indevidos em 1997 ou 1998 da SBM, quando ocupava o cargo de gerente de Tecnologia de Instalações.

De acordo com dados recentes levantados pela força-tarefa da operação, os desvios na Petrobras envolvem cerca de R$ 6,4 bilhões em propina a ex-diretores da estatal, executivos de empreiteiras que assinaram contratos com a empresa e agentes públicos. Até o momento, foram recuperados R$ 2,9 bilhões e repatriados R$ 659 milhões, por meio de 97 pedidos de cooperação internacional. O total do ressarcimento pedido pelo Ministério Público Federal a empreiteiras e ex-diretores da Petrobras chega a R$ 21,8 bilhões. Com informações da Agência Brasil. 

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