CPI do Carf

Ministério da Fazenda investiga pelo menos 2,1 milhões de transações bancárias

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12 de abril de 2016, 17h49

Pelo menos 2,1 milhões de transações bancárias estão sendo analisadas pelo Ministério da Fazenda na operação zelotes, que apura a venda de sentenças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. O dado foi divulgado pela corregedora-geral da pasta, Fabiana Vieira Lima, nesta terça-feira (12/4), na Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara dos Deputados que apura as irregularidades no órgão.

Fabiana disse à CPI do Carf que, até o momento, sete servidores estão sob investigação; 16 procedimentos foram instaurados, dos quais um já foi concluído; e 19 relatórios foram entregues ao Ministério Público Federal.

A corregedora contou que, além dos sete servidores públicos, estão envolvidos no caso 28 conselheiros, entre fazendários e contribuintes, e 117 pessoas jurídicas. Tudo isso gerou aproximadamente 8 terabits de dados a serem analisados, entre e-mails, material apreendido, áudios, dados fiscais e das transações bancárias.

A CPI foi criada no dia 4 de fevereiro para investigar denúncias de fraudes no conselho, vinculado ao Ministério da Fazenda. As suspeitas são de que havia um esquema de venda de sentenças no órgão, que é encarregado de julgar ações relativas à dívida de empresas com a Receita Federal.

Além de Fabiana, participam da audiência da CPI o secretário da Receita Federal Jorge Antonio Deher Rachid e o procurador-geral do Ministério da Fazenda, Fabrício da Soller. Com informações da Agência Brasil. 

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