Sem provas

Para D'Urso, condenação de Vaccari Neto baseou-se apenas em delação

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22 de setembro de 2015, 14h38

Advogado do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, Luiz Flávio Borges D’Urso apontou falta de provas na condenação de seu cliente e criticou o fato de a sentença ser baseada apenas em delações premiadas. Vaccari Neto foi condenado nesta segunda-feira (21/9) a 15 anos e quatro meses de prisão e ao pagamento de multa de R$ 4,3 milhões. Ele é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Por meio de nota, D’Urso afirma que, “em que pese essa respeitável sentença estar lançada em 350 páginas, não se verifica, em nenhuma delas, [nem] sequer uma única indicação de qualquer prova que pudesse dar suporte a tal condenação do Sr. Vaccari”.

Segundo o advogado, apenas as informações obtidas por meio de delação premiada não servem como base para uma condenação. D’Urso ressalta, ainda, que não há crime algum nos pedidos de doação feitos por Vaccari a empresas e que não é papel do tesoureiro verificar a licitude dos montantes recebidos.

“O Sr. Vaccari, enquanto tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, cumprindo a obrigação que o cargo lhe impõe, sempre solicitou doação para seu partido, aliás, conduta esperada de qualquer tesoureiro de todos os partidos políticos, o que é absolutamente legal. Jamais o Sr. Vaccari — e nunca se provou o contrário — solicitou, negociou ou recebeu qualquer recurso de origem ilícita”, alega D’Urso.

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