Suspeita de corrupção

PF prende sócio da empreiteira Engevix em nova fase da operação "lava jato"

Autor

21 de setembro de 2015, 10h40

A Polícia Federal prendeu preventivamente na manhã desta segunda-feira (21/9) o sócio da Engevix José Antunes Sobrinho em Florianópolis. A medida faz parte da 19ª fase da operação “lava jato”, intitulada “nessun dorma” ("que ninguém durma", em tradução livre do italiano).

O juiz federal Sergio Moro autorizou a detenção de Sobrinho sob a alegação de que há fortes indícios de que comandava um esquema de corrupção da Eletronuclear do qual a Engevix era beneficiada. Além disso, Moro apontou que havia risco de o executivo destruir ou obstruir provas, algo que ele já vinha fazendo.

Nesta etapa da operação, a corporação investiga pessoas que podem ter atuado como intermediadores no pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos no exterior, em decorrência de contratos celebrados pela diretoria internacional da Petrobras.

“Foi verificado que uma das empresas sediadas no Brasil recebeu cerca de R$ 20 milhões, entre 2007 e 2013, de empreiteiras já investigadas na operação sob a acusação de pagamento de propinas para obtenção de favorecimento em contratos com a estatal”, informou a PF.

Outro detido é o lobista João Augusto Rezende Henriques, suspeito de ser ligado ao PMDB. Ele é apontado como o sucessor de Fernando Soares, o Baiano, na Diretoria Internacional da Petrobras.

Ao todo, 35 policiais cumprem 11 mandados judiciais – sete de busca e apreensão, um de prisão preventiva (o de Sobrinho), um de prisão temporária e dois de condução coercitiva (quando a pessoa é levada à polícia para prestar depoimento) – em Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro.

Os presos estão sendo levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde vão permanecer à disposição do juízo da 13ª Vara da Justiça Federal. Com informações da Agência Brasil.

Clique aqui e aqui para ler a íntegra das decisões.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!