Violência verbal

Cardozo pede investigação de advogado que ameaçou a presidente Dilma

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1 de setembro de 2015, 16h07

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pediu à Polícia Federal, nesta terça-feira (1º/9), a abertura de inquérito para apurar ameaças feitas por um advogado em vídeo publicado na internet contra a presidente da República, Dilma Rousseff.

No vídeo, Matheus Sathler Garcia, candidato a deputado federal pelo PSDB do Distrito Federal em 2014, ameaça promover um golpe militar e decapitar Dilma. Ele também sugere à presidente que fuja do Brasil ou cometa suicídio. “Renuncie, fuja do Brasil ou se suicide. Dia 7 de setembro a gente não vai pacificamente pras ruas. Juntamente com as forças armadas populares [sic], vamos te tirar do poder. Assuma o seu papel, tenha humildade para sair do país porque, caso contrário, o sangue vai rolar. E vamos fazer um memorial na Praça dos Três Poderes: um poste de cabeça pra baixo. Nós vamos arrancar sua cabeça e fazer um memorial”, disse no vídeo o advogado. Ele declara fazer parte do movimento “Mais Valores, Menos Impostos”.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) apresentou na segunda-feira (31/8) requerimento à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que a entidade também se manifeste sobre o desvio ético. O Ministério Público Federal também foi oficiado pelo parlamentar.

De acordo com Pimenta, o advogado prega mecanismos violentos de rompimento da ordem constitucional e fere o artigo 3º do Código de Ética e Disciplina da entidade, que diz que “o advogado deve ter consciência de que o Direito é um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento para garantir a igualdade de todos”. “O advogado, ao contrário, prega mecanismos violentos e que se valem até mesmo de tortura e da morte para finalidades políticas”, diz o deputado em documento enviado à OAB.

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