Ativismo preocupante

Magistrado não deve ser justiceiro, diz
Nefi Cordeiro, ministro do STJ

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21 de outubro de 2015, 15h26

O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça, disse nesta quarta-feira (21/10) que o juiz que faz papel de justiceiro, como resposta para a sociedade ao combate da criminalidade e corrupção, exerce a sua função de forma errada. “O juiz não é justiceiro. Todo ativismo é preocupante”, disse, durante seminário promovido pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil que debateu a garantia do direito de defesa.

Ele afirmou que o juiz não combate o crime nem deve ser “estrela” midiática. O ministro disse ainda que não se pode fazer Justiça a qualquer custo. “As garantias não podem ser diminuídas.”

Na opinião de Cláudio Pereira de Souza Neto, secretário-geral da OAB, o magistrado deve materializar em seu comportamento a ideia de imparcialidade e moderação. “É vício para o magistrado se deixar levar pela vaidade e procurar se converter em protagonista do debate público”, disse.

Segundo ele, o juiz exemplar é aquele que toma decisões seguras e equilibradas que “exalam” autoridade “não só em decorrência daquele que a profere, mas também por causa dos argumentos usados para fundamentá-la”.

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